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Futuros: de dentro pra fora

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Sabina Deweik é jornalista, futurista e caçadora de tendências. Ela dedica-se a rastrear, ler e digerir o futuro, conhecimento que divide em palestras, workshops, capacitações e em sua coluna todas as segundas-feiras

Soberania cognitiva: pensar por si é o novo ato de coragem

Nunca estivemos tão hiperconectados e paradoxalmente tão dispersos

Por Sabina Deweik
Atualizado em 6 out 2025, 10h50 - Publicado em 6 out 2025, 08h00
cognitivo-dispersao
 (Freepik/Reprodução)
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Nos últimos anos, tenho frequentado os palcos do SXSW, um dos maiores festivais de inovação do mundo. Este ano, assisti a palestra da pesquisadora Brené Brown e me deparei com o conceito de soberania cognitiva ou o direito ao controle sobre seus pensamentos.

A autora falou sobre essa habilidade de se desconectar da “colmeia mental”, uma massa de opiniões moldadas por algoritmos, polarizações e interesses invisíveis para retomar o controle do próprio pensamento. Enquanto a ouvia, percebi o quanto nossa atenção está constantemente sendo sequestrada.

Cada notificação, cada feed infinito e cada recomendação parece ter como objetivo nos manter ocupados, distraídos e engajados. Aos poucos, vamos nos transformando em espectadores passivos, vivendo sob uma overdose de estímulos que nos impede de aprofundar e refletir. Estamos vivendo uma epidemia silenciosa de fadiga mental.

Nunca estivemos tão hiperconectados e paradoxalmente tão dispersos. Dados recentes confirmam: pesquisa da OpenText revela que quatro em cada cinco brasileiros estão estressados com sobrecarga de informações. O MIT também alerta para o risco de um colonialismo cognitivo digital, no qual nossas visões de mundo são moldadas de forma invisível por plataformas e algoritmos.

Sem soberania cognitiva, renunciamos ao que temos de mais precioso: a liberdade de decidir por nós mesmos. Desde então, tenho me perguntado: como cultivar essa soberania no cotidiano? Para mim, começa em pequenos gestos como reservar momentos offline, escolher com mais critério as fontes de informação, trocar o “scroll” vazio por leituras e conversas que realmente expandem horizontes.

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A grande lição que trago dessa experiência é: pensar por si é o novo ato de coragem. Em um mundo em que algoritmos disputam cada segundo da nossa atenção, resgatar a autonomia e a capacidade de decidir com consciência não é luxo, é sobrevivência. A pergunta que deixo é simples, mas urgente: se você não escolher o que pensa, quem está escolhendo por você?’.

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