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Futuros: de dentro pra fora

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Sabina Deweik é jornalista, futurista e caçadora de tendências. Ela dedica-se a rastrear, ler e digerir o futuro, conhecimento que divide em palestras, workshops, capacitações e em sua coluna todas as segundas-feiras

Ser feliz não é linha de chegada, é prática

Em recente palestra, em São Paulo, Tal Ben-Shahar falou com humor e profundidade sobre o que todos buscamos, mas poucos compreendem: a felicidade

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
3 nov 2025, 08h00
ser-feliz-é-prática
Felicidade: é o que todos buscamos, mas pouco compreendem (Reprodução/Reprodução)
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Na última semana assisti, em São Paulo, a uma palestra de Tal Ben-Shahar, criador do curso mais concorrido da história de Harvard e autor de Happier e Being Happy. Com humor e profundidade, ele falou sobre algo que todos buscamos, mas poucos compreendem: a felicidade.

Tal contou que chegou a esse campo não por estar sempre alegre, mas justamente por sentir-se infeliz, mesmo em meio ao sucesso. Foi movido por duas perguntas simples e poderosas: por que não sou feliz? e como posso ser mais feliz?

Em seus estudos entendeu que precisamos de três condições essenciais para cultivar a felicidade. A primeira é dar-se a permissão para sermos humanos. Não raro, idolatramos a cultura da performance e recalcamos emoções como se fossem falhas. Mas, como ele diz, “há apenas dois tipos de pessoas que não sentem dor: os psicopatas e os mortos”. Quando reprimimos emoções, elas se intensificam. Portanto o primeiro passo para a felicidade é a própria infelicidade. “O que resiste, persiste.”, nos lembra Carl Jung.

A segunda condição: regenerar-se do stress. O problema não é o stress em si, é a falta de recuperação. O que nos destrói é não parar. A felicidade está nas micro, médias e longas pausas:  pode ser 30 segundos de respiração entre tarefas, o sono de qualidade, tirar um dia off ou as tão almejadas férias planejadas. “Sem pausas, o estresse vira fragilidade; com pausas, vira crescimento.” Muitos conhecem o PTSD (Transtorno de Estresse Pós-Traumático) mas poucos falam do PTG (Crescimento Pós-Traumático): o fenômeno em que pessoas, após passarem por grandes crises ou traumas, não apenas se recuperam, mas crescem psicologicamente, desenvolvendo novos significados e forças internas. E como indicam as pesquisas dos psicólogos norte-americanos Tedeschi e Calhoun: o PTG é duas vezes mais provável que o PTSD, se soubermos disso e criarmos as condições certas.

A terceira condição é dar e contribuir. Uma pesquisa conduzida por Harvard em parceria com a University of British Columbia revelou um dado fascinante sobre a felicidade. Em um experimento, pessoas que receberam uma quantia em dinheiro e a gastaram consigo mesmas tiveram um aumento imediato nos níveis de bem-estar. Porém, a sensação foi passageira. O que surpreendeu os pesquisadores foi o resultado oposto: aqueles que usaram o dinheiro para beneficiar outras pessoas (oferecendo presentes ou doações), apresentaram níveis de felicidade mais altos e duradouros. Em outras palavras: dar aos outros gera bem-estar sustentável.

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Nesse sentido, as línguas ancestrais têm muito a nos ensinar. A palavra Natan, em hebraico significa “dar” e pode ser lida da mesma forma de frente para trás e de trás para frente.  Dar é ida e volta: o que oferecemos retorna em forma de sentido.

A felicidade não é linha de chegada, é prática, como nos ensina o professor. Começa quando nos permitimos ser humanos, passa pela pausa intencional e expande ao praticar o movimento de dar.

Como no palíndromo Natan, a felicidade só permanece quando espelha-se: em um movimento de ida e volta, de dentro para fora e de fora para dentro.

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