‘Pepsi, Cadê Meu Avião?’: um comercial fake e suas consequências bizarras
Documentário da Netflix conta a história de um embate bizarro entre a empresa de refrigerante e um consumidor nos anos 90
Na década de 90, o americano John Leonard, de 20 anos, assistiu a um comercial de TV da Pepsi. Nele, em letras garrafais, a empresa afirmava que o consumidor que coletasse 7 milhões de rótulos do refrigerante teria direito a ganhar um jato caríssimo (e que nem era vendido tão facilmente).
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Sem observações ou limitações, o anúncio era apenas esse. Leonard levou o desafio a sério e criou um plano ao lado do amigo Todd Hoffman, que avaliou o comercial e destacou o fato de não haver nenhum aviso de que se tratava de uma piada. A dupla foi em frente e até fez um cheque, mas o problema é que o tal prêmio sequer existiu.
A batalha judicial que se seguiu é narrada no documentário Pepsi, Cadê Meu Avião?, na Netflix. Em quatro episódios, o caso possui uma estrutura divertida e dinâmica, mas que não deixa a seriedade de lado. Afinal, um trabalho de marketing causou sérios danos à empresa e aos envolvidos. Diversos lados são ouvidos (incluindo aqueles que trabalharam na empresa naquela época), o que torna a produção diferenciada.
MAIS DOCUMENTÁRIOS INTRIGANTES. Na Netflix, Mistérios sem Solução é um bom título para quem não tem medo de histórias macabras. São três temporadas. No mesmo streaming, Conversando com um Serial Killer: o Canibal de Milwaukee é outra opção dentro do gênero de true crime, lançada logo após Dahmer, série com Evan Peters. Na HBO Max, indico A Inventora: à Procura de Sangue no Vale do Silício, que narra a trajetória de Elizabeth Holmes, dona de uma fraude que lhe custou onze anos de prisão, e Apenas Meninas, que desenvolve reflexões sobre o Brasil ser o quarto país que mais possui casamentos infantis. No Globoplay, Flordelis, deputada condenada pelo assassinato do marido, ganhou uma série documental intitulada Questiona ou Adora.
Publicado em VEJA São Paulo de 7 de dezembro de 2022, edição nº 2818.
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