O Esquadrão Suicida: mais violência e atos irreversíveis definem versão de James Gunn
Em entrevistas à Vejinha, diretor e elenco relembram suas expectativas e experiências no filme de ação, que chega aos cinemas em 5 de agosto
O Esquadrão Suicida, um dos lançamentos mais aguardados do ano, chega aos cinemas em 5 de agosto. Com a direção do cineasta James Gunn, que ganhou prestígio ao comandar Guardiões da Galáxia 1 e 2 para a Marvel, a superprodução é formada por um elenco ainda mais extenso e promete ser uma variação única do que já foi apresentado em Esquadrão Suicida (2016).
Em entrevistas à Vejinha, Gunn e uma parcela dos atores falam sobre o que o público pode esperar da nova empreitada da DC Comics no cinema. Na trama, o grupo de vilões volta a se unir, sob o comando da oficial Amanda Waller (Viola Davis), para realizar uma missão secreta localizada na ilha fictícia de Corto Maltese. Personagens já conhecidos como Arlequina (Margot Robbie) e Rick Flag (Joel Kinnaman) encontram novas figuras, como o Pacificador (John Cena) e o Sanguinário (Idris Elba).
Sem querer dar muitos detalhes, mas incitando a curiosidade, Gunn afirma que o momento que define a sua versão do time está, literalmente, na última cena do filme. “Eu não quero que as pessoas saibam que esse personagem específico vive até o fim, mas há um momento, bem no final, que resume tudo o que ele significa para mim”, diz.
O diretor também indica que, apesar de esse ser um longa inspirado em quadrinhos, o nível de violência e atos irreversíveis é alto: “Alguns dos personagens são maus e podem acabar sendo um pouco melhores do que pensávamos. Outros são tão malvados quanto pensamos desde o início. Esses personagens podem seguir em direções diferentes. Se um deles quiser atirar no rosto do outro personagem, ele pode fazer isso… e faz. Isso torna esses tipos de risco muito mais altos do que no mundo dos Guardiões da Galáxia. Essa foi uma das razões pelas quais foi tão divertido lidar com os personagens, porque tudo pode acontecer”.
E, já que tudo é possível, um personagem se contrasta com aqueles de carne e osso. É o Tubarão-Rei, desenvolvido por computadores. Dublado por Sylvester Stallone, a criatura híbrida possui força sobre-humana e, apesar desse ser um papel totalmente diferente do que está habituado a interpretar, o ator afirma que não hesitou em aceitar o convite de Gunn.
Famoso por trabalhar em produções que exigem muito de seu físico, o intérprete de Rocky Balboa brinca ao lembrar de sua vivência em O Esquadrão Suicida: “Tenho tendência a gostar de me forçar um pouco demais. Então, a experiência de dublagem foi uma espécie de férias pagas. Foi um grande prazer. Mas, hoje, se eu tivesse de fazer tudo de novo em minha carreira, eu teria usado um dublê”.
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Sobre retornar ao papel de Rick Flag, um dos principais do grupo, Joel Kinnaman destaca que nunca havia passado por esse processo antes. “Eu não me sinto limitado pelo que fiz no longa de 2016, mas alguns traços conhecidos de Flag ainda estão ali. A grande conclusão é que o roteiro traz um sentimento diferente. É como se ele se originasse do mesmo universo e, ao mesmo tempo, criasse algo completamente inédito.”
Entre as novidades, Caça Ratos 2, vivida por Daniela Melchior (o personagem era um homem nos quadrinhos, mas Gunn mudou seu gênero), e Pensador, interpretado por Peter Capaldi, são algumas adições do elenco. Como o nome já indica, a atriz portuguesa precisava ter certa familiaridade com ratos e, felizmente, sempre gostou dos animais.
“Havia ratos de verdade no set e eu me conectei com eles em minha audição. Eles eram minhas coestrelas, então nós apenas ‘dançamos’ juntos”, diz, bem-humorada. Capaldi, intérprete de um vilão extremamente inteligente, diz que aceitou o papel da mesma forma que Stallone e ainda adiciona: “O filme é grandioso em termos de produção, mas acima de tudo é divertido e cheio de coração — o que eu considero raro”.
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Publicado em VEJA São Paulo de 04 de agosto de 2021, edição nº 2749