✪✪ As primeiras cenas de O Convento, em cartaz nos cinemas, deixam o espectador com várias perguntas. Grace (Jena Malone) recebe a notícia de que seu irmão, o Padre Miguel (Steffan Cennydd), morreu misteriosamente no convento onde vivia em Monte Salvador, na Escócia.
A protagonista trabalha como médica, tem pouca conexão com a religiosidade e tampouco tinha contato com o irmão. Ela vai ao local, descobre que se trata de uma seita extremista e começa a desconfiar da versão apresentada por membros da igreja às autoridades policiais.
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Então, decide investigar por conta própria e se vê diante de segredos sombrios sobre a religião e seu passado. Isso acontece após ela desmaiar à beira de um lago e ser resgatada para dentro do convento.
O argumento da Madre Superior (Janet Suzman) para fazê-la ficar é o de que suas roupas estão secando. Mesmo desconfiada, Grace passa dias no local onde seu irmão foi encontrado morto — esse é um dos momentos em que o roteiro não funciona bem.
Elementos de terror, como assassinatos, falham em criar tensão pela execução “tragicômica” e por serem apresentados de forma superficial, sem um desenvolvimento para costurar a narrativa. Algumas perguntas ficam sem resposta, mas a grande revelação do filme vem de forma inesperada e traz um outro tom para toda a história.
Publicado em VEJA São Paulo de 2 de agosto de 2023, edição nº 2852
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