‘Monster’ é mais um drama complexo e humano de Kore-eda
Longa está em cartaz nos cinemas e aborda temas como preconceito e bullying

✪✪✪ As relações familiares são a matéria-prima do cinema de Hirokazu Kore-eda. Cinco anos depois de ganhar a Palma de Ouro no Festival de Cannes por Assunto de Família, o cineasta volta ao tema em Monster, já em cartaz.
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Além de explorar o drama de Saori, mãe viúva superprotetora (Sakura Ando), e seu filho único Minato (Soya Kurokawa), o filme inclui elementos de crítica social abordando preconceito, bullying e o ambiente escolar. Na trama, Saori vê o filho chegar machucado em casa e ouve que um de seus professores é o culpado pela agressão.
Ao buscar explicações da diretoria, ela se depara com um comportamento estranho, como se tivessem algo a esconder. Kore-eda faz uso de uma estrutura em que cada ato corresponde ao ponto de vista de um personagem. Não se trata de um recurso novo, mas aqui está longe de ser gratuito.
A cada novo olhar, fica mais difícil apontar um responsável direto pelas questões que são trazidas no roteiro. Um filme denso e humano.
Publicado em VEJA São Paulo de 08 de dezembro de 2023, edição nº 2871