Ano vai, ano vem, e as séries de televisão vão ganhando cada vez mais espaço nas casas dos assinantes de streaming. Foi-se o tempo em que toda e qualquer produção era exibida apenas na TV aberta, com episódios semanais. Apesar de esse formato tradicional ainda existir, o binge watching (as famosas maratonas) mostrou que veio para ficar.
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A crítica Barbara Demerov selecionou séries imperdíveis que, caso tenham passado batido, merecem um espaço na sua agenda.
RUPTURA. Em termos de novidade e originalidade, o AppleTV+ certamente sai em disparada com esta narrativa assustadora e, ao mesmo tempo, surpreendente. Na trama, um funcionário passa por um procedimento chamado “desligamento”, em que a pessoa possui um bloqueio mental para não se lembrar da vida fora do escritório quando está trabalhando — e não ter a mínima noção do que fez ao longo do dia quando chega em casa. O grande mistério entra em uma espiral envolvente e é impossível deixá-lo de lado.
O URSO. Sem causar muito alarde, o Star+ apresentou uma excelente surpresa. A série possui nove episódios em sua primeira temporada e um estilo diferenciado de contar a história do chef Carmen Berzatto (Jeremy Allen White), que herda um restaurante após a súbita morte do irmão.
BOM DIA, VERÔNICA. A segunda temporada da produção nacional da Netflix é tão boa quanto a primeira. Tainá Müller, perfeita no papel, é a força que dita o ritmo de todos os acontecimentos. Sua Verônica ainda é aquela detetive incansável na busca por justiça, mas agora um caso diferente vem à tona. Reynaldo Gianecchini e Klara Castanho brilham.
SANDMAN. Baseada na história em quadrinhos homônima lançada em 1988, a série, disponível na Netflix, é um deleite visual e narrativo. Mesmo que você não seja tão fã do universo do escritor Neil Gaiman, o elemento fantástico pode conquistá-lo facilmente. São diversos personagens interessantes (como Morte e Lúcifer), assim como reflexões sobre a vida em episódios bem diferentes uns dos outros.
BETTER CALL SAUL. 2022 marcou a estreia da última temporada do derivado de Breaking Bad. A elogiada criação de Vince Gilligan e Peter Gould foca o drama dos personagens ao longo dos episódios. A história fica cada vez mais intrigante. O desfecho é simples, porém memorável. Netflix.
IRMA VEP. Boas camadas de ficção e thriller compõem essa série original que sai do óbvio. Os episódios acompanham Mira, uma estrela de cinema americana, que chega à França para protagonizar uma série de TV como a personagem-título. Olivier Assayas, que já havia feito o filme Irma Vep, é o diretor. HBO Max.
PAM & TOMMY. Direto dos anos 90, vemos a polêmica história de amor de Pamela Anderson e Tommy Lee. A atriz e o baterista do Mötley Crue viveram tempos conturbados, e as atuações de Lily James e Sebastian Stan são um show à parte. No Star+.
THE WHITE LOTUS. O formato de episódios lançados semanalmente sempre fez sucesso entre os espectadores mais assíduos de TV. E a produção da HBO Max explorou o potencial deste modelo ao apresentar capítulos impecáveis da segunda temporada da série, que agora se passou na Itália. Um dos melhores títulos do ano — e com folga.
Rhaenyra Targaryen:
ela quer o trono. (HBO/Divulgação)
A CASA DO DRAGÃO. Após o polêmico final de Game of Thrones, em 2019, o derivado da produção fez bonito em sua primeira temporada. O novo arco apresenta a família Targaryen e se passa 200 anos antes de Daenerys aparecer como a Mãe dos Dragões. Atuações excepcionais marcam os episódios. HBO Max.
ANDOR. Star Wars é uma franquia cujo material pode ser praticamente interminável. São diversos planetas, personagens, informações e arcos narrativos dignos de ser explorados. A série do Disney+ acerta em cheio ao mergulhar no drama e na ação. Comparações ao clássico O Império Contra-Ataca são adequadas.
Publicado em VEJA São Paulo de 28 de dezembro de 2022, edição nº 2821
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