Desde a estreia do primeiro filme, em 2009, Avatar surpreendeu a crítica e o público por sua alta qualidade visual e técnica. James Cameron, diretor e idealizador de todo o mundo de Pandora e dos Na’vi (grandes criaturas azuis que vivem em meio à natureza), já pensava em realizar o filme desde 1994, mas esperou até a tecnologia do audiovisual estar apta a acompanhar o que estava em sua mente.
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Após a estreia do segundo longa, Avatar: Caminho da Água, em 2022, Cameron afirmou que o terceiro capítulo já foi filmado e que está planejando outros dois. Dessa forma, já é possível afirmar que Avatar se tornou uma das franquias mais rentáveis do cinema, colecionando bilhões de dólares nas bilheterias e desbancando até Titanic, outra famosa produção do diretor.
![avatar – credito ubisoft Avatar: Frontiers of Pandora será lançado em 7 de dezembro](https://vejasp.abril.com.br/wp-content/uploads/2023/11/avatar-credito-ubisoft.png?w=650)
E, enquanto os fãs esperam pelos próximos longas, um novo (e grande) passo foi dado pelo estúdio da Ubisoft Massive Entertainment, em colaboração com a Disney e a produtora Lightstorm Entertainment, do próprio Cameron: um game que expande a história vista nos cinemas e introduz os jogadores a novas áreas de Pandora.
Avatar: Frontiers of Pandora será lançado em 7 de dezembro e a Vejinha foi um dos veículos convidados para o evento de imprensa com a presença da equipe de criação, diretamente da Lightstorm, em Los Angeles.
O game fará com que os jogadores personifiquem um Na’vi que desperta em Pandora anos após ter sido sequestrado e criado por uma corporação militar. O protagonista precisa recuperar sua herança ancestral e aprender o real significado de ser Na’vi.
Tendo a árdua missão de emular níveis próximos de qualidade visual, o game impressiona com gráficos coloridos e extremamente detalhados. É possível amplificar a experiência dos filmes de diversas maneiras: voando com criaturas de Pandora, explorando o rico ecossistema e conhecendo os clãs que vivem por lá.
Fora as missões principais, a equipe formada pelo diretor criativo Magnus Jansen, o supervisor de efeitos visuais Richard Baneham e a diretora Ditte Deenfeldt, entre outros, espera que os jogadores se sintam livres para absorverem o máximo de Pandora. “O mais importante para nós é a imersão e trazer o planeta à vida”, conta Ditte.
Além disso, Avatar: Frontiers of Pandora não é apenas um derivado sem relação com os filmes: o game será lançado como parte oficial da franquia.
![“Avatar: The Way of Water” Premiere – Arrivals Jon Landau na premiere de Avatar: The Way of Water](https://vejasp.abril.com.br/wp-content/uploads/2023/11/avatar-credito-Gilbert-Flores-Getty-Images.jpg?quality=70&strip=info&w=650)
Papo com o produtor Jon Landau
Durante o evento para a imprensa, o produtor Jon Landau, parceiro de longa data de James Cameron, falou sobre o lançamento de Avatar: Frontiers of Pandora.
Em entrevista à Vejinha, Landau afirma que era “obrigatório” tornar o game uma extensão da franquia cinematográfica. “O que quer que fosse criado no jogo, não permitiríamos que interferisse no que estávamos fazendo em nossas histórias para o cinema. Ao mesmo tempo, adotamos esses novos elementos como parte do futuro cânone de Avatar. Agora que o game está sendo lançado, esses novos clãs e personagens vão existir”, conta.
O produtor, vencedor do Oscar por Titanic, diz que a franquia pode crescer ainda mais com livros e materiais de publicidade e que as possibilidades são infinitas. “Mas é sempre preciso pensar na qualidade”, destaca, demonstrando pensamentos parecidos com os de Cameron.
Sobre o cineasta, Landau afirma que Cameron não se vê como um diretor de fantasia. “Tudo precisa fazer sentido na vida real: desde o design de uma armadura até o visual de uma criatura do mar. Ele sempre pensa em tudo.” Tal comportamento tão minucioso reflete em filmagens tão extensas que a chance de uma série limitada de Avatar ainda é pequena.
Landau explica: “eu adoraria fazer uma série, mas temos de chegar a um ponto em que os efeitos visuais possam funcionar com um cronograma mais eficiente e ágil. Há uma cena de Avatar que demorou simplesmente nove meses para ficar pronta. Agora aceleramos algumas coisas. Mas, quando uma única cena leva meses para ser finalizada, ainda é difícil pensar em uma série limitada acontecendo”, aponta.
Publicado em VEJA São Paulo de 01 de dezembro de 2023, edição nº 2870