Direto do Litoral | VEJA SÃO PAULO

Cookies de avelã, macadâmia, ovomaltine, goiabada, manteiga de amendoim com confeitos, aveia com maçã e cacau com chocolate banco: preços variam de R$ 3,50 a R$ 5,00 a unidade (Foto: Leonam Bernardo)

Casada com o americano Kevin Norton, a brasileira Patrícia Paula Norton passou catorze anos vivendo em Nova York, nos Estados Unidos. A decisão de mudar-se com a família para o Brasil foi do próprio marido, quando o World Trade Center sofreu um ataque a bomba, em 1993. “Esse país ainda será alvo de guerra no futuro”, pensou Calvin. Por aqui, eles primeiro foram a São Paulo, mas, apaixonados pela praia, acabaram mesmo escolhendo Maresias para morar. O que Patrícia faz no litoral? Cookies americanos. “Sempre preparava fornadas para os meus filhos e não sobrava um. Os amigos adoravam”, conta. “Então resolvi seguir nisso.”

Vendidos em uma lojinha inaugurada há 9 anos, os quitutes ganham novas versões a cada temporada — já são 45 sabores. Os três últimos criados foram os de chai indiano (R$ 5,00 cada), laranja com ovomaltine (R$ 4,50) e gergelim com doce de leite (R$ 4,50).

Patrícia Norton e os cookies: de Nova York para Maresias (Foto: Leonam Bernardo)

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Os cookies também são a base de outras receitas vendidas na casa. Para o açaí na tigela com banana, por exemplo, ele é triturado e faz as vezes da granola (R$ 13,50). As opções de milk-shake também podem ser batidas com pedacinhos do biscoito (R$ 13,50). Requisitado no verão, o sanduíche de cookies (R$ 9,00 cada) consiste em uma bola de sorvete — geralmente creme ou pistache — comprimida por dois exemplares das bolachas, que variam ao gosto do cliente. Entre as pedidas salgadas, a quiche de brócolis sai por R$ 6,00.

Na alta temporada, o pequeno estabelecimento chega a mobilizar oito funcionários, do preparo dos cookies ao atendimento na loja. Ao longo do ano, Patricia também distribui seus quitutes para serem vendidos em cafés, padarias e outros estabelecimentos das praias de São Sebastião, chegando até Santos. Ela aproveita as constantes idas do marido aos Estados Unidos para encomendar alguns ingredientes mais difíceis de encontrar em solo brasileiro. “Além disso, tenho que ir sempre ao Mercadão, em São Paulo, porque os fornecedores de alguns produtos não vêm até aqui”, explica. Isso quando ela mesma não excursiona até Nova York, como ocorreu por duas vezes em 2012.

Completam a atmosfera americana do lugar a música ambiente, com canções aleatórias (mas sempre em inglês) pinçadas no iPod da proprietária, e os tabuleiros de dama, gamão e xadrez, que podem ser usados gratuitamente pelos fregueses.

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