Com ritmos afro-brasileiros, musical reflete sobre a ancestralidade negra
Na trama, a sereia Janaina e o filhote de elefante Kuami fazem uma viagem pelo céu, terra e mar em busca de sua mãe, a elefanta Dara, que foi sequestrada
No musical Kuami — Caminhos para Identidade, baseado no livro Kuami (2019), de Cidinha da Silva, a plateia é recebida pela figura folclórica da Mãe d’Água e por um coral de peixes, que a convida a adentrar o fundo do mar e assistir à história da sereia Janaina, filha de uma humana e um peixe baiacu. Órfã de pai, decide subir à terra para conhecer a família. Ela encontra o filho de elefante Kuami, que teve a mãe sequestrada por traficantes. Juntos, vão à procura da elefanta Dara enquanto aprendem a importância de conhecer suas raízes para defender o direito de existir.
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O enredo, com ritmos afro-brasileiros, é conduzido pelo Núcleo Abre Caminhos e por uma dupla de músicos. Apesar de refletir sobre temas sérios, o espetáculo propõe uma abordagem antirracista de forma leve e tem o elenco todo negro, composto de Adriana Miranda, Cynthia Regina, Piu Guedes e Ulisses Dias. “A grande questão é a coragem de ir em busca da ancestralidade. Isso permeia toda a peça”, explica a diretora Martinha Soares. A partir de 27 de abril, a montagem, em cartaz no Teatro Flávio Império, volta no Teatro Cacilda Becker. Rec. a partir de 7 anos (60min).
Teatro Flávio Império. Rua Professor Alves Pedroso, 600, Cangaíba, ☎ 2621-2719. ♿ Sáb. (9) e dom. (10), 11h e 15h. Qua. (13 e 20) e sex. (22), 10h. Grátis. Até 22/4. @teatroflavioimperio.
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Publicado em VEJA São Paulo de 13 de abril de 2022, edição nº 2784