Por que os “pipocas” nas corridas de rua devem ser combatidos
Continuamos a ver casos de má fé e de má educação em meio ao nosso esporte
Entra ano, sai ano, discutimos a questão dos chamados “pipocas” nas provas. E o assunto vem à tona especialmente na São Silvestre, cuja organização combate essa má prática esportiva há tempos. Em 2017, com mais rigor e fiscalização, o número de corredores não inscritos que se aproveitam da estrutura felizmente diminuiu. Porém, continuamos a ver casos de má fé e de má educação em meio ao nosso esporte.
A polêmica da vez, que foi notícia nos mais variados meios de comunicação, foi a “clonagem de números de peito”. A partir de uma inscrição oficial, um grupo de corredores multiplicou o número e cerca de doze pessoas correram com a cópia falsificada. Atitude completamente errada e antidesportiva!
É como se você falsificasse o convite de uma festa para a qual não foi convidado. Alunos de uma equipe esportiva do interior de São Paulo, os fraudadores colocaram em maus lençóis inclusive o dono da assessoria. Que os responsáveis sejam punidos, sim. Alguém teve a ideia e outros a colocaram em prática. Mas que a apuração do caso seja feita com critério e justiça. O que aconteceu ali tem de ser bem averiguado, antes de saírem penalizando a todos sem distinção.
Nós, treinadores, temos de ser firmes em orientar: não corra sem número, sem ter inscrição, não repasse seu número sob hipótese alguma. Falamos, pegamos no pé, explicamos as razões. Mas não temos controle sobre o que os alunos fazem usando nosso uniforme.
A educação, a base deveriam vir de casa, da formação familiar. Na escola, na assessoria, nós orientamos e buscamos passar nossos princípios de ética, respeito, honestidade, esportividade. Colaboramos para formar cidadãos responsáveis. Mas todos têm de fazer sua parte.