Bom Retiro, sempre novo
Enquanto o mundo fala da Barra Funda, o bairro de imigrantes ainda segue seu pioneirismo

Enquanto o mundo fala da Barra Funda, o Bom Retiro ainda segue seu pioneirismo. Um bairro onde o tempo nunca anda em linha reta, mas se reinventa a cada esquina.
Entre coreanos, judeus, bolivianos e novos criativos, o que era sinônimo de confecção virou um universo de estilos, sons e sabores. Nas vitrines da Guadalupe Store, referência em sneakers e streetwear, e da Pineapple Co., especializada em lançamentos exclusivos, os tênis e roupas contam histórias de resistência e pertencimento.
Minha primeira visita foi em 2015. Em 2017, fui à Guadalupe ver um lançamento de camisa com Marcelo D2 e fiquei hipnotizado com a energia do lugar.
Anos depois, comprei meu primeiro New Balance na Guadalupe e, em frente, passei na Pineapple Co., onde encontrei tênis icônicos como o Adidas Bad Bunny x Response CL White e o Adidas Men’s Bad Bunny Response CL Black.

Recentemente, voltei com o fotógrafo Henrique Tarricone, nascido no bairro, que me contou histórias da infância e registrou boa parte das fotos dessa coluna.
A Shoshana Delicatessen, que mantém viva a memória judaica com pratos cheios de tradição. A poucos passos dali, a Casa do Povo segue como espaço de cultura, arte e resistência, enquanto o Boxe Autônomo transforma a vida de jovens e atletas.
Quando cai a noite, o Bar Carmem movimenta a nova boemia do bairro. E passear pelo Bom Retiro é um programa completo: visitar a Pinacoteca, almoçar e tomar um belíssimo vermute no balcão do Fitó Contemporânea, ou fotografar a Estação da Luz, a mais bonita estação de trem e metrô de São Paulo.
O Bom Retiro pulsa, inspira e acolhe, miscelânea, diversa, criativa e inquieta, e nunca para no tempo.