Imagem Blog

Cine Vejinha Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Blog
Tudo sobre cinema, estreias e os melhores filmes
Continua após publicidade

“Eu Eu Eu José Lewgoy”

Por Miguel Barbieri Jr. Talvez o grande público conheça José Lewgoy (1920-2003) apenas por seus trabalhos mais marcantes — as chanchadas da Atlântida ou as novelas da Rede Globo. A intenção do diretor paulistano Cláudio Kahns, contudo, é ir um pouco mais afundo na filmografia desse grande ator no documentário “Eu Eu Eu José Lewgoy”. […]

Por VEJASP
Atualizado em 27 fev 2017, 12h50 - Publicado em 25 nov 2011, 19h40

Por Miguel Barbieri Jr.

Lewgoy em ”O Judeu”: atuação neste filme é relembrado no documentário ”Eu Eu Eu José Lewgoy”

Talvez o grande público conheça José Lewgoy (1920-2003) apenas por seus trabalhos mais marcantes — as chanchadas da Atlântida ou as novelas da Rede Globo. A intenção do diretor paulistano Cláudio Kahns, contudo, é ir um pouco mais afundo na filmografia desse grande ator no documentário “Eu Eu Eu José Lewgoy”. Em seu segundo longa-metragem — o anterior, “Mamonas para Sempre”, sobre o grupo Mamonas Assassinas, chegou às telas em junho —, Kahns preferiu deixar de lado intimidades e relacionamentos e concentrar-se na carreira de Lewgoy. Sabe-se, porém, que ele saiu aos 15 anos de Veranópolis, a 160 quilômetros de Porto Alegre, para tentar a vida como tradutor na capital gaúcha. No cinema, estreou apenas em 1949, com “Carnaval no Fogo”, produzido nos estúdios da Atlântida. A partir daí, não parou mais. Vieram o primeiro contato com a estrela Tônia Carrero, no filme “Perdida pela Paixão” (também conhecido como “Quando a Noite Acaba”, de 1950), e os personagens de destaque de “Aviso aos Navegantes”, “Amei um Bicheiro” e “Matar ou Correr”. Em 1954, Lewgoy se mandou para a França com míseros 500 dólares no bolso. Permaneceu lá dez anos — trabalhando como ator. Na volta, foi “rejeitado” pelos diretores do cinema novo, mas nem por isso deixou de brilhar em “Terra em Transe”, de Glauber Rocha. Ele somou 100 filmes e 23 novelas em mais de cinco décadas. Embora formado em artes dramáticas pela Universidade Yale, pisou pouquíssimas vezes num palco. Parte da fita traz registros preciosos, como cenas do longa francês “S.O.S. Noronha”, de 1958, e de novelas dos anos 70, a exemplo de “Anjo Mau”, “O Rebu”, “Nina”, “Dancin’ Days” e “Feijão Maravilha”. Entremeados às imagens, há depoimentos dos atores Walmor Chagas e Anselmo Duarte, dos escritores Luis Fernando Verissimo e Millôr Fernandes, e dos cineastas Guilherme de Almeida Prado (“A Hora Mágica”) e o alemão Werner Herzog, com quem Lewgoy fez “Fitzcarraldo”. “O Judeu”, de 1996, mostrou-se um de seus últimos bons desempenhos. O biografado falava inglês, francês, italiano e espanhol. Não parecia ter preconceitos com papéis — transitava da chanchada à pornochanchada, do cinema marginal ao comercial, dos vilões (sua especialidade) aos tiozinhos bonachões. Era rabugento e tinha cara de zangado, na opinião de alguns amigos, e faz uma tremenda falta para seus parentes de Veranópolis, que lembram de suas esporádicas visitas à cidade dirigindo um Fusquinha vermelho.

+ Veja onde assistir a “Eu Eu Eu José Lewgoy”
+ Os melhores filmes em cartaz

Avaliação ✪✪✪

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital
Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de R$ 39,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.