“Aqui é o Meu Lugar”
Por Tiago Faria No Festival de Cannes do ano passado, Sean Penn integrou a comitiva do vencedor da Palma de Ouro, “A Árvore da Vida”. Mas o ator americano produziu mais burburinho graças à atuação neste drama do diretor italiano Paolo Sorrentino, de “Il Divo” (2008). Pudera. No papel de Cheyenne, um roqueiro gótico dos […]
Por Tiago Faria
No Festival de Cannes do ano passado, Sean Penn integrou a comitiva do vencedor da Palma de Ouro, “A Árvore da Vida”. Mas o ator americano produziu mais burburinho graças à atuação neste drama do diretor italiano Paolo Sorrentino, de “Il Divo” (2008). Pudera. No papel de Cheyenne, um roqueiro gótico dos anos 80, ele adotou um visual desgrenhado e extravagante, com maquiagem tão carregada quanto a de Robert Smith, vocalista da banda inglesa The Cure. Essa transformação visual responde pelo aspecto mais inusitado de uma narrativa tão acidentada quanto a trajetória do protagonista. Em decadência, o sobrevivente do show business decide abandonar uma rotina monótona e sai em uma jornada para encontrar o principal inimigo de seu pai, um nazista refugiado nos Estados Unidos. A trilha sonora de David Byrne (Talking Heads) e as boas referências aos road movies de Wim Wenders (“Paris, Texas”) e de Jim Jarmusch (“Flores Partidas”) criam uma atmosfera de lenta melancolia. Nada disso sustenta uma guinada abrupta na trama, que a torna mais trágica e menos verossímil.
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AVALIAÇÃO ✪✪