Cinco dicas de adestramento
Nessa semana, escrevi uma reportagem na Vejinha sobre as chamadas creches caninas, espaços ideais para os donos que ficam muito tempo fora de casa e procuram uma forma de distração para seus totós. Se tiver interesse em conferir, a matéria está disponível aqui: http://vejasp.abril.com.br/materia/creches-para-caes. Visitei ambientes muito bacanas, caso da Dog’s Ville, em Moema. Dá alegria […]
Nessa semana, escrevi uma reportagem na Vejinha sobre as chamadas creches caninas, espaços ideais para os donos que ficam muito tempo fora de casa e procuram uma forma de distração para seus totós. Se tiver interesse em conferir, a matéria está disponível aqui: https://vejasp.abril.com.br/materia/creches-para-caes.
Visitei ambientes muito bacanas, caso da Dog’s Ville, em Moema. Dá alegria de ver todos aqueles cachorros juntos, brincando. É um mais bonito que o outro.
A gerente do espaço, Paula Shiota, me deu cinco dicas básicas de adestramento, que eu relato abaixo. Só lembrando que cada cão é um cão. Eles respondem de formas diferentes e as causas dos problemas variam. Por isso, procure um veterinário, um especialista em comportamento ou um adestrador que possa analisar sua situação com mais cuidado.
Problema: Meu cão é ciumento em relação a outros animais ou pessoas.
Causa e solução: Em muitas ocasiões, o dono gosta dos ciúmes e estimula esse comportamento até que se agrave. A melhor coisa a se fazer é trabalhar a possessividade do animal antes que ele chegue ao ponto de ficar agressivo. O mascote costuma dar pequenos sinais de que precisa proteger seu dono. Não se pode estimular a conduta, dando sorrisos ou oferecendo petiscos. Assim, o pet acha que o que está fazendo é correto e será recompensado com atenção ou comida. Utilizar a linguagem hierárquica canina ajuda nestes casos. Isso significa mostrar que você está no comando, estipulando que ele precisa te seguir durante os passeios e não o contrário, que você come primeiro que ele… Liderança por parte do proprietário é a solução para muitos das situações de ciumeira.
Problema: Meu cachorro come as próprias fezes, ato chamado de cropofagia.
Causa e solução: Há quatro possibilidades de investigação. 1- Se existe excesso de proteína na alimentação, tornando as fezes “atrativas”. 2- Se se trata de algo comportamental. Pode ser uma motivação congênita entre cães de raças com predisposição a essa doença, como pug e shitzu. Outro impulso do comportamento consiste em quando o cão gosta da bronca que leva, pois estão dando atenção a ele. 3- Se há um sinal de alteração clínica. Qualquer instabilidade hormonal ou déficit na alimentação conseguem gerar fome e fazer com que o cão busque no próprio cocô a complementação que está faltando. 4- Se ele passa por stress, alteração na rotina ou vivência em um ambiente que não está em harmonia, o que estimula a cropofagia.
Problema: Meu cão é hiperativo.
Causa e solução: A prática de exercícios auxilia no controle da ansiedade, sejam eles exercícios físicos ou mentais (os brinquedos educativos que desafiam a inteligência mantêm o animal ocupado). Existem raças mais propensas à hiperatividade, a exemplo dos terriers e cães pastores. Conhecer os pais do pet antes de adotá-lo é uma boa dica para saber se ele desenvolverá ou não a hiperatividade.
Problema: Meu cachorro gosta de roubar minha comida.
Causa e solução: Para adestrá-lo é necessário provocar o erro. Ou seja, colocar a comida em um lugar que ele costuma roubar e, no ato, dar uma bronca. Deve-se fazer isso 100% das vezes durante algum tempo, pois se apenas uma vez ele conseguir levar a guloseima sem receber um castigo, é preciso retomar todo o treinamento. Um modo de chamar a atenção que costuma dar certo é dizer “não” firmemente. Alguns animais respondem melhor ao toque ou a um castigo no esquema de arrastar para um cantinho. Outra causa do “roubo” de petiscos consiste na gula, estimulada por má alimentação, alteração hormonal ou ansiedade. Aqui, deve-se não só adestrar, mas identificar as causas para sanar o problema. Se isso não for feito, o cão pode até parar de roubar a comida mas passa a lamber a patinha, por exemplo, achando outro modo de demonstrar que tem algo errado.
Problema: Meu cão late muito.
Causa e solução: O latido é a forma mais comum de comunicação. Algumas raças foram desenvolvidas para fazer barulho como alerta para algo. Latir em excesso também se associa a stress, ansiedade, medo, ociosidade, insegurança… O melhor é consultar um profissional para investigar a causa específica e a melhor técnica para ajudar com a questão. Para uma solução mais imediata, em alguns casos dá para apelar para o mesmo esquema do roubo da comida mostrado acima: sempre que latir, o dono deve chamar a atenção do totó firmemente.
Além dos endereços que coloquei na matéria, como Clube Canino In-cão, Pet Creche Paraíso e Pet Escola Jardins, indico aqui outras creches que também têm boa estrutura. O preço da mensalidade conta para quem usa o serviço de segunda à sexta.
Cãominhando. Rua Hugo Carotini, 155, Butantã, 2506-6487. Mensalidade: 500 reais.
Dogwalker. Campo Belo (não divulgam o endereço para evitar abandono), 5094-0541. Mensalidade: 610 reais.
Dog’s House. Rua Getúlio Vargas Filho, 41, Jabaquara, 5012-1135. Mensalidade: 570 reais.
Dogtown. Rua Dona Germaine Burchard, 538, Barra Funda, 2359-4717. Mensalidade: 610 reais.