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A história de Mocinha, uma linda vira-lata tetraplégica

A atriz Julia Bobrow criou uma página no Facebook para sua cadela tetraplégica Mocinha, que sofre com uma doença degenerativa. O perfil chamado de Diário de uma Mocinha exibe mais de 5000 seguidores interessados nas aventuras da peluda. Julia contou ao blog sua história junto da “filha” canina, que já visitou a praia e encara semanalmente sessões […]

Por Carolina Giovanelli
Atualizado em 27 fev 2017, 00h53 - Publicado em 16 jul 2013, 20h35
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Mocinha, em seu passeio à praia: vida feliz apesar das dificuldades

A atriz Julia Bobrow criou uma página no Facebook para sua cadela tetraplégica Mocinha, que sofre com uma doença degenerativa. O perfil chamado de Diário de uma Mocinha exibe mais de 5000 seguidores interessados nas aventuras da peluda. Julia contou ao blog sua história junto da “filha” canina, que já visitou a praia e encara semanalmente sessões de acupuntura e fisioterapia:

“Há cinco anos, recebi um e-mail dizendo que uma cadela seria sacrificada caso ninguém ficasse com ela. Fui correndo até Osasco e peguei a vira-lata, que batizei de Mocinha. Na época, morava com a minha mãe e mais cinco cachorros. Por isso, levei-a para morar na casa da minha vó em Campos do Jordão. Frequentemente ia visitá-la. Tinha uma vida perfeita.

Até que, depois de um ano, ela começou a apresentar dificuldades de locomoção, arrastando as patinhas de trás. Resolvi trazer a Mocinha de volta para São Paulo a fim de caprichar nos cuidados. Fiz todos os exames imagináveis em várias clínicas, sempre recebendo resultados negativos. Comecei então a levá-la para sessões semanais de fisioterapia e acupuntura. Para passear, ela usava uma cadeirinha que comprei. Porém, logo começou a rejeitar o apetrecho. Passamos assim a arrastá-la por aí com uma toalha.

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Mesmo com o tratamento, a deficiência continuou progredindo. Nos disseram que se tratava de uma doença degenerativa, mas não sabiam dizer qual. Nunca ouvimos um diagnóstico preciso, algo que me incomoda muito. Depois de algum tempo, as perninhas da frente começaram também a fraquejar até que pararam de funcionar. Tentamos um tratamento com células-tronco, mas não deu certo.

Ela agora fica em uma cadeirinha de canos de PVC que nós mesmos construímos. Nos passeios, a levamos a bordo de um carrinho parecido com os de bebê. Visitamos a praia recentemente e a colocamos na água. Ela amou, ficou super em paz! (O vídeo da aventura é imperdível, veja aqui).

Hoje, a Mocinha mora com suas duas irmãs caninas, Laica e Lola, em nosso apartamento nos Jardins. Passo bastante tempo em casa. Onde eu estou, ela fica junto deitadinha.

Mesmo com todas as dificuldades, ela nunca demonstrou sofrimento. Eu e o Daniel, meu marido, fazemos tudo que podemos. Não importa o trabalho que nos dá. Precisamos, por exemplo, fazer os exercícios de fisioterapia em casa e apertar a bexiga dela para fazer xixi. Há quem opte pela eutanásia, mas isso nunca passou pela nossa cabeça. Só queremos a felicidade dela. Criamos a página no Facebook exatamente para compartilhar a trajetória da Mocinha e, assim, incentivar a adoção de cães especiais.”

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Julia e Daniel, os pais da peluda: “Só queremos a felicidade dela” (Fotos: Diário de uma Mocinha)

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