Alternativas para testes com animais
Eu recebi centenas de mensagens depois do post sobre as marcas que fazem e as que não fazem testes com animais, na semana passada. Antes de mais nada, queria agradecer a todos pelos comentários e opiniões. Acho importante ressaltar que as listas divulgadas no post são do People for the Ethical Treatment of Animals (PETA), […]
Eu recebi centenas de mensagens depois do post sobre as marcas que fazem e as que não fazem testes com animais, na semana passada. Antes de mais nada, queria agradecer a todos pelos comentários e opiniões.
Acho importante ressaltar que as listas divulgadas no post são do People for the Ethical Treatment of Animals (PETA), um dos órgãos mais radicais no que diz respeito à proteção animal. Para colocar uma empresa na lista de cruelty-free, eles se certificam que nenhuma etapa de produção de seus produtos inclua testes com animais. Isto significa que não apenas o produto final deixa de ser testado em coelhos, cachorros ou ratos, como todos os ingredientes contidos na fórmula. O que é muito importante.
Escolhi a lista do PETA para divulgar justamente porque sabia do rigor da entidade com relação ao assunto. Para acessar as listas na íntegra, basta clicar nos ícones Empresas que FAZEM Testes em Animais e Empresas que NÃO FAZEM Testes em Animais. Se a sua empresa do coração não aparece em nenhuma das duas, talvez esteja em fase de renovação dos métodos de teste ou não seja certificada pelo PETA.
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Mas é possível desenvolver cosméticos e medicamentos de qualidade sem testar em animais? Voltei a falar com a entidade sobre o assunto.
Segundo a pesquisadora Amanda Nordstrom, do Departamento de Investigações Laboratoriais do PETA, existe uma série de testes alternativos para comprovar segurança e eficácia de cosméticos e produtos de higiene sem a necessidade de testá-los em animais. Confira algumas delas abaixo:
– Pesquisas com células humanas in-vitro. Existem laboratórios nos Estados Unidos que testam cosméticos e medicamentos em laboratório utilizando este método.
– Materiais feitos também com células humanas que reproduzem o tecido das córneas. Isso exclui os testes em que pingam produtos químicos nos olhos dos bichinhos para averiguar os riscos da substância em contato com os olhos.
– Testes com voluntários. Nos Estados Unidos, existe um tipo de teste para diagnosticar alergias em que são colados na pele adesivos com pequenas quantidades de substâncias químicas para avaliar se o paciente apresenta alguma reação a elas. Esse teste poderia facilmente ser feito com voluntários para a indústria. Ou você não se prontificaria a ajudar?
– Peles sintéticas. Elas já são fabricadas em várias partes do mundo, usadas, inclusive, para enxertos em pessoas que sofreram queimaduras profundas. Elas são ótimas alternativas para testes de cosméticos e medicamentos.
O patch test, que cola adesivos com substâncias na pele para avaliar alergias. Foto da escola de dermatologia da Saint Louis University (EUA)
De acordo com Amanda, esses testes são efetivos e ainda mais simples do que os testes feitos com animais. “Além de serem caros, os testes com animais são demorados por conta do manuseio dos bichos. As alternativas apresentadas são tão assertivas quanto e muito menos cruéis.”
O PETA ressalta, ainda, que a briga da entidade não é contra as empresas, mas com as regras de cada país para determinados testes. No Brasil, eles são liberados.
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