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Curadora do MoMA fala sobre a exposição Fotografia Modernista Brasileira

A mostra figura no calendário de 2021 da instituição americana, com previsão de abertura para 21 de março

Por Tatiane de Assis Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
23 out 2020, 06h00
Sarah M. e foto de Roberto Yoshida: expo no MoMA (Reprodução Instagram/ 2020 Estate of Roberto Yoshida/Divulgação)
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Sarah Meister, curadora de fotografia do Museu de Arte Moderna (MoMA), de Nova York, concedeu ao blog Arte ao Redor uma entrevista sobre a exposição Fotografia Modernista Brasileira. A mostra figura no calendário de 2021 da instituição americana, com previsão de abertura para 21 de março. Confira abaixo trechos do bate-papo.

Quando ouviu falar do Foto Cine Clube Bandeirante?

Provavelmente em 2005, quando o MoMA adquiriu duas fotos de Geraldo de Barros (1923-1998). Depois, entre 2013 e 2015, nós obtivemos fotos de Gaspar Gasparian (1899- 1966). Mais tarde, apareceu outra conexão: tínhamos fotos de Thomaz Farkas (1924-2011) no nosso acervo. Enfim, veio o clique, os três eram parte da mesma turma, o FCCB. Pensei então que precisava estudar e conhecer melhor esse grupo.

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E quais você acha que foram as contribuições deles à história da arte?

É uma produção bastante significativa. Eles eram um grupo de fotógrafos amadores que oferecem um modelo a essa forma de produzir. E isso vem acompanhado de experimentações artísticas de vanguarda, que resultam em trabalhos criativos e inovadores. É muito grave que eles estejam ausentes das narrativas sobre fotografia discutidas na Europa e na América do Norte.

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É possível relacionar o trabalho deles com o que se vê hoje no Instagram?

Nos dois, há um viés democrático que passa pela coexistência entre obras muito distintas, um mix de trabalhos bons e ruins, que é algo estimulado pelo amadoris mo. O FCCB, porém, estava distante de uma rede mundial. No Instagram é outra coisa, estamos conectados.

Publicado em VEJA São Paulo de 28 de outubro de 2020, edição nº 2710.

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