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Panmela Castro é anunciada como artista da Galeria Luisa Strina

Artista carioca prepara grandes projetos para 2021, incluindo mostra na Bienal e livro para meninas que amam arte

Por Tatiane de Assis Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 19 fev 2021, 11h23 - Publicado em 19 fev 2021, 06h00
Imagem mostra a artista Panmela Castro segurando uma pintura de dois homens
Panmela Castro: artista une grafite e direito das mulheres (Acervo Pessoal/Divulgação)
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“Desde pequenininha, minha mãe me colocou para estudar desenho e pintura. Cresci como artista”, relembra Panmela Castro, 40, que tem graduação e mestrado pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Ela é fundadora da rede Nami, que une grafite e direitos das mulheres. Na última segunda (15), foi anunciada como artista representada pela galeria Luisa Strina.

“Já estava sendo muito assediada pelo mercado. Sempre pedia um tempo para pensar, mas com a Luisa foi diferente, já que ela entendeu a carga conceitual do meu trabalho”, relata a carioca, que prepara para a época da Bienal, em setembro, uma mostra na galeria e o lançamento de Hackeando o Poder: Táticas de Guerrilhas para Artistas do Sul Global.

O livro tem textos da conterrânea Lyz Parayzo e das paulistanas Amanda Carneiro e Carollina Lauriano. “É uma espécie de manual para meninas que querem trabalhar com arte”, explica Panmela, que arremata em tom divertido: “Não tá fraco não, hein!”. Em sua lista de projetos, há também Vigília, série que teve início em 2019, com um retrato do artista e amigo Caligrapixo, mas ganhou força em 2020, na quarentena.

Imagem mostra artista Panmela Castro sorrindo para foto
Panmela Castro (Mandy Brander/Mamacash/Divulgação)

“Peguei Covid-19, mas estava assintomática. Fiquei quatro meses isolada”, diz ela. Do confinamento com os amigos Bruno e Ismael (na pintura da foto de capa) saiu um dos retratos da série.

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De encontros posteriores, nasceram telas com o artista Moisés Patrício e o curador-chefe do Masp, Tomás Toledo. “Meu interesse está no encontro e nas pessoas, e não no resultado”, completa ela, que pinta as telas durante aquele momento partilhado com os personagens, fazendo dos quadros um amálgama dos cheiros e conversas desses dias.

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Publicado em VEJA São Paulo de 24 de fevereiro de 2021, edição nº 2726

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