Amantes da arte contemporânea têm uma oportunidade única de apreciar de perto o trabalho de um expoente do movimento: a mostra Mira Schendel: Toquinhos abre nesta sexta-feira (30) na galeria Galatea.

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Trata-se de uma coleção de sessenta obras da série Toquinhos, produzida principalmente entre 1972 e 1974 pela artista suíça radicada no Brasil. As peças, feitas com papel japonês, apresentam variações na composição de cores e elementos gráficos, como quadrados — os “toquinhos” — e letras.

“Ela cria uma mistura de referências de lugares distintos”, afirma Tomás Toledo, sócio-fundador da Galatea ao lado de Antonia Bergamin e Conrado Mesquita. “Com uma vertente conceitual, ela faz uma investigação que passa pela matemática, geometria, linguagem e espiritualidade”, acrescenta.

Nascida em Zurique, Suíça, em 1919, Myrrha Dagmar Dub cresceu na Itália, mas teve que deixar o país após um decreto-lei proibir a inscrição de judeus estrangeiros nas escolas superiores. Deslocou-se pela Europa até se mudar, em 1949, para Porto Alegre. Dois anos depois, participou da 1ª Bienal Internacional de São Paulo, que alavancou sua carreira.

Com texto crítico da curadora e crítica de arte Lisette Lagnado, que conheceu Mira, a mostra fica em cartaz até 19 de agosto.

Publicado em VEJA São Paulo de 5 de julho de 2023, edição nº 2848

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