Masp abre primeira exposição que ocupa todos os andares do novo prédio
'Histórias da Ecologia' tem 200 obras de artistas de 22 países

O Masp reúne obras de 22 países, como Colômbia, Islândia, Japão, Nova Zelândia, Peru e Turquia, na primeira exposição que ocupa todos os andares do Edifício Pietro Maria Bardi, prédio anexo inaugurado neste ano. Histórias da Ecologia coroa o ciclo curatorial do museu dedicado à temática ambiental, com mais de 200 obras de 117 artistas, ativistas e movimentos sociais.
Dividida em cinco núcleos, a mostra parte da ideia de ecologia como um sistema que relaciona humanos e natureza e propõe uma reflexão política sobre os efeitos da crise climática no mundo, considerando marcadores sociais como gênero, raça e classe.
A instalação comissionada Descida da terra/trabalho das águas (2025) — um tecido translúcido suspenso diagonalmente no espaço expositivo, impresso com imagens —, da gaúcha Cristina T. Ribas, reflete sobre os efeitos das enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul em 2023 e 2024. Obras como a escultura Refugee Astronaut XI (2024), do britânico Yinka Shonibare, se debruçam sobre os fluxos migratórios e deslocamentos forçados.
Outros destaques incluem a série de desenhos Tentativas de criar asas (década de 2000), da paulistana Rosana Paulino, e a série fotográfica Corpoflor (2016-2025), de Castiel Vitorino Brasileiro. A curadoria é de André Mesquita e Isabella Rjeille.
Masp – Edifício Pietro Maria Bardi. Avenida Paulista, 1578, ☎ 3149-5959. → Ter., 10h/20h (grátis; entrada até 19h). Qua., qui., sáb. e dom., 10h/18h (entrada até 17h). Sex., 10h/21h (18h/20h30, grátis). R$ 75,00. Até 1/2.
Publicado em VEJA São Paulo de 5 de setembro de 2025, edição nº 2960.