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Masp abre exposições sobre Francis Bacon e Mário de Andrade

'Francis Bacon: a beleza da carne' e 'Mário de Andrade: duas vidas' começam nesta sexta (22)

Por Mattheus Goto
22 mar 2024, 06h00
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'Study for Self-Portrait' (1981, ‘Estudo para autorretrato’), de Francis Bacon: pintura figurativa, por vezes em atmosfera de pesadelo (Prudence Cumning Associates Ltd/Divulgação)
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O Masp inaugura nesta sexta (22) uma exposição sobre o pintor irlandês Francis Bacon (1909-1992), nome essencial na renovação da arte figurativa no século XX. Com curadoria de Adriano Pedrosa, Laura Cosendey e Isabela Ferreira Loures, Francis Bacon: a beleza da carne faz parte do calendário deste ano do museu, pautado pelas Histórias da Diversidade LGBTQiA+. A mostra reúne mais de vinte obras, que abrangem sua produção dos anos 40 aos 80 e são empréstimos internacionais, de museus da Inglaterra, Estados Unidos, México, Suíça e Holanda.

Além de se destacar pelo trabalho em pintura, Bacon contribuiu para dar visibilidade ao retrato da homoafetividade. Com um estilo visceral, ele se dedicou a pintar figuras masculinas, em especial nus de amantes. O artista teve uma infância conturbada, em um ambiente familiar violento. Aos 16 anos, foi expulso de casa pelo pai e foi para Berlim, Paris e Londres, onde se fixou a partir dos anos 30 e iniciou carreira. O título da mostra veio de uma fala do próprio pintor em entrevista ao crítico de arte britânico David Sylvester (1924-2001): “Devemos lembrar que há essa grande beleza na cor da carne. Nós, obviamente, somos carne, somos carcaças em potencial”. As obras exploram o corpo humano, por meio de texturas espessas e oleosas.

O Masp inaugura também Mário de Andrade: duas vidas, sobre o ícone do modernismo brasileiro. Com curadoria de Regina Teixeira de Barros e Daniela Rodrigues, a mostra apresenta uma faceta de Mário (1893-1945) para além do escritor. Estão reunidas 88 obras, entre pinturas, gravuras, esculturas e fotografias de sua coleção pessoal, emprestadas pelo Instituto de Estudos Brasileiros da USP. As peças proporcionam reflexões sobre a sexualidade do autor de Macunaíma e revelam seu desejo pelo masculino, um tabu durante a vida. A ideia de “duas vidas” veio de escritos do próprio intelectual, que dizia viver uma dualidade entre pessoal e profissional.

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‘Retrato de Mário de Andrade’ (1922), de Tarsila do Amaral: coleção do intelectual à disposição do público para análise pela perspectiva queer (Eduardo Ortega/Divulgação)

Masp — Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand. Avenida Paulista, 1578, ☎ 3149-5959.♿ Ter., 10h/20h. Qua. a dom., 10h/18h. R$ 60,00 (grátis às ter.). Até 9/6 (Mário de Andrade). Até 28/7 (Francis Bacon). masp.org.br.

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Publicado em VEJA São Paulo de 22 de março de 2024, edição nº 2885

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