Luisa Alcântara abre primeira individual com obras feitas com piche
‘Stalker’, na Yehudi Hollander-Pappi, reflete sobre a experiência de vigilância e o olhar normativo da sociedade

A Yehudi Hollander-Pappi abriu, nesta sexta-feira (30), Stalker, primeira individual de Luisa Alcântara, artista representada pela galeria. A exposição reúne cinco obras inéditas em grande formato feitas com relevos esmaltados, piche, massa corrida e pintura a óleo.
Com a exposição, a artista nascida em 1992 reflete sobre o conceito de stalking (em português, perseguição), tanto como uma experiência concreta de vigilância, quanto como uma metáfora para um olhar normativo da sociedade. Nas obras da artista, ser vigiado é não ter controle da própria imagem.
“O espectador é, ao mesmo tempo, ‘stalker’ e ‘stalkeado’, pois Alcântara se insinua em sua mente, sugerindo desconfortos – construindo cuidadosamente uma cacofonia cristalina que exige um olhar dinâmico e um ouvido ‘biônico’ para captar sua essência inatingível”, escreve Cristiano Raimondi no texto crítico.
As obras são acompanhadas por uma seleção de áudio guias em diferentes línguas, que ativam novas camadas de leitura, abrindo espaço para múltiplas interpretações.
A Yehudi Hollander-Pappi foi inaugurada em março deste ano, na Vila Modernista. Em abril, participou da SP-Arte, onde exibiu Stalker I (The War of the Roses) (2024), uma das obras de Luisa em cartaz em Stalker.
Yehudi Hollander-Pappi. Alameda Lorena, 1295, Jardim Paulista. → Seg. a sáb., 11h/19h. Grátis. Até 22/6.