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“É uma atitude de vanguarda”, diz Kobra sobre mural declarado Patrimônio Cultural

Obra de 22 metros de altura por 11 de largura foi produzida na lateral de um colégio de Sorocaba, no interior de São Paulo

Por Tomás Novaes
Atualizado em 13 Maio 2022, 17h52 - Publicado em 13 Maio 2022, 16h49
Imagem mostra mural de grafite colorido com desenho de menino subindo em escada de biblioteca, alcançando um livro
O mural de 22 metros de altura feito em uma escola de Sorocaba (SP). (@drone.cyrillo/Divulgação)
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Foi aprovado neste mês em Sorocaba, interior paulista, o Projeto de Lei (PL) de número 79/2022, que declara o mural do artista Kobra inaugurado na cidade em janeiro como patrimônio cultural imaterial do município.

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A obra de 22 metros de altura por 11 de largura foi produzida na lateral do Colégio Ser!, no bairro do Parque Campolim. “É muito simbólico esse trabalho receber esse reconhecimento. Eu sinceramente espero e acredito que esse seja o início de uma história que possa se repetir por muitas e muitas vezes. É uma atitude de vanguarda”, disse Eduardo Kobra em entrevista à Vejinha.

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Para o artista, ações como essa são bem-vindas e podem abrir discussões maiores sobre a arte pública. “A street art por muitas vezes foi colocada como efêmera, como algo que pode ser simplesmente removido ou apagado, ou pintado por cima. Eu tenho feito movimentos inclusive para restaurar murais que eu tenho feito na cidade”, disse Kobra, citando o restauro de seu mural em homenagem ao piloto Ayrton Senna, localizado na Consolação, na capital paulista.

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“Da mesma forma que a gente entra num museu, numa galeria, e vê obras super antigas ali – é porque elas estão sendo cuidadas, preservadas. Por que não pensar da mesma maneira em relação à arte de rua?”, disse o artista, que tem um filho de 5 anos. “Eu gostaria que ele pudesse contemplar, ver essas obras”.

Como exemplo da visão que nomeou como “descartável” da arte de rua, Kobra também disse que a grande maioria das suas obras não existem mais. “Eu posso falar com toda certeza que mais de 90% do que eu produzi já não existe mais – ou foi apagado, ou foi removido, ou mudou o proprietário do espaço e apagaram. Eu tenho isso registrado em fotos, mas seria mais legal se as obras estivessem lá”, conta.

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