Hulda Bittencourt ganha a primeira mostra ampla sobre sua trajetória
A bailarina e coreógrafa (1934- 2021), fundadora do balé Cisne Negro, é tema de grande exposição na Oficina Oswald de Andrade
A coreógrafa Hulda Bittencourt (1934- 2021), fundadora do balé Cisne Negro, uma das mais tradicionais escolas e companhias de dança do Brasil, ganha a primeira exposição ampla sobre sua trajetória, na Oficina Oswald de Andrade.
A Ocupação Hulda Bittencourt: uma História com a Dança abre na quinta (25) e traz mais de uma centena de peças como fotos raras, diários, figurinos e partes de cenários que marcaram a carreira da bailarina.
“A família cedeu vídeos de viagens e de outros momentos pessoais de Hulda”, diz Dany Bittencourt, diretora artística do Cisne Negro, filha da homenageada e idealizadora da mostra ao lado do gestor cultural Marco Prado.
Quando fundou sua escola de dança clássica, há 65 anos, Hulda trouxe para são paulo o método de ensino da Royal Academy de Londres, ainda hoje um dos mais utilizados no país.
Entre os marcos da carreira, tem destaque a primeira montagem do balé O Quebra-Nozes em são paulo, que conquistou o prêmio da APCA como Melhor Espetáculo do Ano em 1983. “Ela tinha vídeos que documentam todas as apresentações da companhia, desde a primeira, em 1977”, afirma Dany.
Em janeiro, o Cisne Negro se mudou para a Vila Leopoldina, na Zona Oeste. O prédio que ocupava desde 1977, na Vila Beatriz, foi vendido e será demolido para a construção de um condomínio de luxo.
Oficina Cultural Oswald de Andrade. Rua Três Rios, 363, Bom Retiro, ☎ 3221-5558. ♿Seg. a sex., 10h/20h. Sáb., 12h/18h. Até 2/3. @cisnenegrocia
Publicado em VEJA São Paulo de 19 de janeiro de 2024, edição nº 2876