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Deputado do PSL arranca obra de exposição, veja o vídeo

Deputado Coronel Tadeu (PSL) considerou que uma ilustração do cartunista Carlos Latuff era uma ofensa à classe policial

Por Redação VEJA São Paulo SEGUIR SEGUINDO
Atualizado em 19 nov 2019, 22h21 - Publicado em 19 nov 2019, 20h51

O deputado federal Coronel Tadeu (PSL-SP) quebrou um dos trabalhos da exposição (Re)existir no Brasil. Trajetórias Negras e Brasileiras. Racismo é Crime, em cartaz no corredor entre os anexos 2 e 3 da Câmara dos Deputados, em Brasília. A obra foi feita pelo feita pelo cartunista Carlos Latuff. Trazia um pessoa morta no chão e um polícia de costas, com uma arma nas mãos. Além disso, havia um texto, cujo título era o genocídio da população negra.

No Twitter, o Coronel Tadeu publicou um vídeo, em frente à obra, em que explica sua decisão: “Estou aqui no salão da Câmara. Tá havendo uma manifestação sobre o racismo é crime. É claro que o racismo é crime. É a coisa mais abominável hoje no seio da nossa sociedade brasileira e mundial. Isso é racismo (deputado aponta para o trabalho de Carlos Latuf). Policial de boina preta, arma na mão. Sujeito negro. Isso quer dizer o quê? Que a polícia só mata preto. Isso aqui não vai ficar na parede. Isso aqui é contra a polícia. Polícia tá para defender a sociedade. Um abraço para vocês. Eu vou queimar esse cartaz. Que não deveria estar aqui.”

Os internautas se dividiram diante da atitude do Coronel Tadeu. Em defesa do político, houve comentários, como: “Certíssimo, querem criminalizar a polícia” e “Coronel Tadeu parabéns e a esquerda quer colocar polícia contra negro e também contra toda sociedade.” Contra o parlamentar, as postagens diziam: “Apesar de eleito pelo povo, não alcança o entendimento básico do que se trata uma democracia. Atitude Vergonhosa” e “Como consegue ter uma atitude dessa justamente na mesma semana em que o inquérito policial do caso Ágatha aponta a polícia como culpada pela sua morte? Vergonha.”