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Colmeias viram matéria-prima para obras de arte

Carioca utilizou um ferro de solda para "moldar" a morada dos insetos um tanto temidos por suas picadas

Por Tatiane de Assis Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 28 jul 2020, 18h02 - Publicado em 28 jul 2020, 11h44
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  • Ricardo Siri, de 46 anos, é um artista multidisciplinar que tem produzido obras com colmeias de abelhas. “Tinha na cabeça que elas eram perigosas, mas estudando vi que grande parte das 300 espécies nativas do Brasil não tem ferrão, diferente das que vieram importadas da África e da Europa”, conta o carioca.

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    Ele se encantou tanto pelos insetos que tem até colmeias em sua casa. Contudo, as que usou na obra Pindorama (2020), por exemplo, não saíram de seu quintal, porque são de abelhas com ferrão. O artista prefere as espécies nativas, que não machucam, e são do tipo Jataí, Iraí e Mandassaia.

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    Pindorama Abelhas
    Pindorama (2020): obra de Ricardo Siri (Débora Engel/Divulgação)

    Em Pindorama (2020), com 46 centímetros de largura e 17 centímetros de altura, Siri usou um ferro de solda para intervir no material. “Foi muito duro o processo, o cheiro forte, a demolição dos hexágonos, que são perfeitos, tudo isso me impactou”, afirma o artista, que oferece no trabalho uma visão pessimista da relação entre natureza e homem. Esse ponto de vista se repete também em outros três trabalhos, como War II, Pindorama em Brasa e Mapa Mundo, também de 2020.

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    Um alívio vem, no entanto, quando o carioca fala do cotidiano: “Moramos no bairro de Santa Teresa, em uma casa grande com horta. Temos aqui nossos ateliês e o pensatório, um espaço com redes, onde conversamos sobre sobre o que a gente tem lido. Sou hoje um mix entre música, artes plásticas e arte.” Ainda sobre sua morada, ele adiciona: “Temos também muitas galinhas. O trio mais conhecido é a Bel, a Mel e a Cleo. Essa última é uma homenagem a Cléopatra, porque ela tem uns riscos debaixo dos olhos.”

    A referência à música vale ser pormenorizada: “Ela me acompanha desde a adolescência. Trabalhei como percussionista por muito tempo. Com o casamento com Débora (Engel, também artista), é que me voltei para a escultura sonora, objetos e fotografias.”

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    Nesse hiato de exposições, Siri também aderiu aos eventos virtuais e por meio de sua galeria, a Janaina Torres, participa do Arte em Quarentena, espécie de feira de arte virtual, focada na produção durante o isolamento, que acontece entre o dia 27 e o dia 2, na plataforma artsoul.com.br.

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