Labirinto modernista: exposição Cem Anos Modernos é inaugurada no MIS
Mostra com curadoria do diretor Marcello Dantas e do compositor José Miguel Wisnik aborda a Semana de 22 sob um novo e eclético prisma
Em um ano marcado por celebrações e resgates da Semana de Arte Moderna de 1922, abordar sob um prisma novo o importante momento da história brasileira é um desafio. E essa é a proposta da exposição no Museu da Imagem e do Som (MIS), apresentada pelo governo do estado, Cem Anos Modernos.
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O conceito que guia a mostra, com curadoria do diretor Marcello Dantas e do compositor José Miguel Wisnik, é o do labirinto. Sem um trajeto certo, o visitante terá uma experiência única, a depender do caminho que decidir percorrer. Cada uma das 25 salas apresenta um recorte do tema, citando artistas que reverberam transformações na cultura brasileira — desde Anita Malfatti, a pintora, até Anitta, a cantora.
Exibido no local, o longa Macunaíma, adaptado da obra de Mário de Andrade e lançado pelo cineasta Joaquim Pedro de Andrade em 1969, serviu de inspiração para o quadro Re-Antropofagia (2018), de Denilson Baniwa. Uma reprodução dele está presente em um dos pontos do museu — os ambientes misturam épocas com linguagens diferentes.
Todos os caminhos levam ao Espaço Redondo, recinto envolvido por uma projeção de 360 graus do interior do Teatro Municipal, testemunha dos acontecimentos da semana. Museu da Imagem e do Som (MIS). Avenida Europa, 158, Jardim Europa, ☎ 2117-4777. → Ter. a dom., 11h/19h. Até 28/8. R$ 30,00. Grátis às terças-feiras. mis-sp.org.br.
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Publicado em VEJA São Paulo de 15 de junho de 2022, edição nº 2793