Zona Sul de São Paulo: o melhor lugar do mundo é aqui
Com cartões-postais, natureza e grande parte do PIB brasileiro, Zona Sul é sonho feliz de cidade
Pode a fumaça que sobe seguir a esconder as estrelas, mas todo morador de São Paulo, seja ele paulistano nato ou de adoção, ama sua cidade. E quem mora ou transita pela Zona Sul tem mesmo muitos motivos para amá-la.
Ibirapuera, museu do Ipiranga, Faria Lima, Berrini, Paulista, Jardins, as represas Billings e Guarapiranga, Capão, Jabaquara, Campo Limpo, Vila Mariana, Grajaú, Santo Amaro e o belo cartão postal que é a Ponte Estaiada. É melhor parar de falar, pois certamente algo, como naqueles discursos intermináveis de políticos, vai ficar de fora.
A Zona Sul é espetacular, e alguns números, dentre tantos outros, atestam isso: há os 1,3 milhão de visitantes mensais do parque do Ibirapuera; os 60% de área arborizada da capital; os 7,15 km do Parque Linear Cantinho do Céu, à beira da Billings, que vem por aí ainda em 2024; e todo o dinheiro que circula no principal mercado financeiro do Brasil, na região da avenida Faria Lima.
O SUL É VERDE
60% de toda área arborizada da capital se concentra na Zona Sul
Se mais da metade da área arborizada da cidade está na Zona Sul, é justíssimo que ela tenha os parques mais bacanas de São Paulo – que as outras regiões não nos ouça!
O Ibirapuera é hors concours, com movimento dia e noite não só em suas trilhas, pistas e quadras, mas também por seus museus. Alguns dos melhores da cidade estão lá, como o Afro-Brasil e o Museu de Arte Contemporânea (MAC), que hoje ocupa inteiramente o prédio de oito andares projetado por Oscar Niemeyer e mais de 23 mil metros de área expositiva, fazendo jus ao melhor acervo de arte contemporânea do Brasil – e pensar que aquela gema um dia se prestou a abrigar despachantes e burocratas do trânsito.
Por falar em Niemeyer, um dos traços de distinção do grande arquiteto no Ibirapuera está retomando seu brilho. A marquise de concreto armado é sustentada por 120 colunas e abriga ainda o Museu de Arte Moderna (MAM), que passa por uma reforma de R$ 71,9 milhões, realizada pela Prefeitura. Demorou!, diria o carioca. Pois é, alguém tem de fazer.
Mas falávamos de parques. Tem o da Independência, no Ipiranga, o mais bonito ornamento que o famoso museu do Ipiranga, que recentemente voltou para o jogo, poderia ter. Não conhece ainda o jardim? Não sabe o que está perdendo.
Um pouquinho mais a sul, em Santo Amaro, o Parque Alto da Boa Vista, com área de 31 mil m2, está em fase final de instalação do mirante, trilhas, cachorródromo e equipamentos de ginástica. E o Parque do Chuvisco, que recebe cerca de 15 mil pessoas todos os meses, está passando por melhorias no parquinho infantil, sanitários, quadras e nas quadras poliesportivas, além da implementação de quiosques, para trazer ainda mais conforto a seus frequentadores.
POLO DO ECOTURISMO
Quem quer aproveitar a natureza ao seu máximo, incluindo aventuras e passeios cheios de adrenalina, não precisa sair da cidade. Em Parelheiros e Marsilac, ainda na Zona Sul, o território é considerado Patrimônio Ambiental por sua riqueza em recursos naturais. É lá que fica o primeiro parque urbano da região, com cerca de 110 mil m2, com opções para prática de esportes e lazer.
Chamada, por lei, de Polo de Ecoturismo de São Paulo, a região conta com atrações em seus rios e cachoeiras de águas limpas, em meio à Mata Atlântica e ao Cerrado, além de atividades culturais e artísticas. Os visitantes podem fazer trilhas, passeios de bote, rafting, tirolesa, rapel e stand up paddle.
A região também proporciona qualificação para agricultura familiar e a Prefeitura dá suporte para o produtor rural e urbano, por meio da Casa da Agricultura Ecológica, parte do programa Sampa+Rural.
Para quem não quer ir tão longe, o distrito do Campo Limpo vai receber o Parque Morumbi Sul, previsto para o segundo semestre deste ano. Com 84 mil m2 só de área verde, o novo espaço permite a conservação do patrimônio ambiental e promete entretenimento na natureza para mais de 200 mil pessoas.
É MUITA ÁGUA
As duas grandes represas paulistanas estão localizadas na Zona Sul: Guarapiranga e Billings. Ambas fazem parte do Programa Mananciais, da prefeitura, que tem como objetivo contribuir para a despoluição e proteção das bacias hidrográficas da cidade.
Foi na represa Billings, inclusive, que a cidade recentemente ganhou seu primeiro transporte hidroviário público, o Aquático-SP.
Duas embarcações – uma com capacidade para 60 e outra com capacidade de levar 30 pessoas – já revolucionam a vida de cerca de 400 mil pessoas das regiões de Grajaú e Cocaia, com viagens gratuitas até o final deste ano. Para se ter uma ideia, o trajeto de ônibus dura 1h20, mas com o novo modal de transporte leva entre 12 a 17 minutos. Isso sem falar no visual. Confira mais detalhes no vídeo abaixo:
Também no entorno da represa está o Parque Linear Cantinho do Céu, na Capela do Socorro, que já está chegando por aí. Ele fica em uma importante área de manancial e prevê um impacto positivo na vida de 10 mil famílias. O bairro receberá outras áreas verdes, como o Parque do Cocaia, que irá beneficiar mais de 4 mil famílias com quadras, parquinhos e ciclovias.
Já às margens da represa do Guarapiranga, o Centro Esportivo Náutico Guarapiranga, no M’Boi Mirim, passa por importantes melhorias nas instalações para receber os seus mais de 50 mil frequentadores mensais, até o final do ano. Com 362m², o espaço contempla quadra de tênis de praia, campo de futebol e uma quadra multiuso.
E TEM LAZER, TEM ESPORTE
Além do investimento em áreas verdes, a Zona Sul também recebe melhorias e novidades para fomentar a educação e o esporte.
Cidade Ademar ganha um novo CEU com estrutura para atender até 6 mil pessoas por dia. O CEU Parelheiros, além de modernização das salas de aula, quadras, piscinas e outras instalações, ainda ganha um planetário com projetores de alta tecnologia e capacidade para mais de 100 pessoas – a partir de agosto.
O CEU Heliópolis, no bairro do Ipiranga, também tem novidade: uma pista de skate. E o CEU Caminho do Mar, no Jabaquara, que recebe mais de 2 mil pessoas diariamente e é um dos mais completos de São Paulo, está passando por uma grande obra de modernização.
No Jabaquara, o Centro de Lazer e Esporte Genaro de Carvalho está sendo construído em um terreno de mais de 24 mil m² – o espaço era usado para descarte irregular de lixo e entulho e será um lugar de convivência com campo de futebol, quadras, área multiuso coberta, pista de corrida, playground, academia, estacionamento e vestiários.Com investimento de R$ 6 milhões, o projeto vai afetar positivamente mais de 100 mil pessoas.
TEM ARTE E TEM CULTURA
Também nas artes estão concentrados os investimentos da Zona Sul. O teatro João Caetano, tradicional espaço cultural da Vila Mariana, cujo nome faz homenagem ao importante ator e encenador brasileiro que fundou a primeira companhia de atores nacionais, reabrirá as suas cortinas em julho. A obra teve um investimento de quase R$ 7 milhões para garantir maior acessibilidade, além de obras de conservação e melhorias.
Em Santo Amaro, o Centro Cultural também recebe reformas e a Praça Nossa Senhora Aparecida, em frente à estação Moema, está ganhando melhorias no parquinho e no cachorródromo, que será dividido entre raças de pequeno e grande porte. O local também teve as áreas de circulação de pedestres alargadas e o paisagismo renovado.