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O melhor da Vila Leopoldina, bairro da Zona Oeste

Conheça os destaques da região

Por Thaís Oliveira Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 30 ago 2017, 18h24 - Publicado em 24 ago 2017, 17h59

Marcado pelo passado industrial, o bairro da Zona Oeste desperta interesse imobiliário e se firma como polo da indústria criativa. Confira curiosidades.

O BOTICÁRIO: Acredite na Beleza. 
A imagem acima foi escolhida pelos leitores de VEJA SÃO PAULO para representar a beleza do bairro. Inspire-se nela e poste também suas fotos usando a hashtag #Belezavilaleopoldina

O gigante do comércio

Em 1969, feirantes do Mercadão foram convocados a se mudar para um galpão de 700 000 metros quadrados recém-construído na Vila Leopoldina. O endereço distante não agradou aos comerciantes, temerosos de perder a clientela. Quase cinquenta anos depois, mal sobra espaço na Ceagesp, o maior centro de distribuição da América Latina.

Feira de flores no Ceagesp (Fernando Moraes/Veja SP)

A busca por uma área mais ampla, aliás, consiste na principal razão do projeto de transferência do entreposto para outro ponto da cidade. A mudança já foi autorizada pelo governo, e Perus, na Zona Norte, aparece entre os lugares cotados. Confira abaixo alguns números do gigante da Vila Leopoldina.

50 000 pessoas circulam por lá diariamente

1 500 cidades brasileiras têm produtos na Ceagesp, que recebe também mercadoria de outros dezenove países

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3,2 milhões de toneladas de frutas, legumes, verduras, flores, pescados e outros itens são vendidos por ano, uma média de 8,7 toneladas por dia

2 700 atacadistas e outros 300 varejistas dispõem de permissão para comercializar seus produtos ali

Hollywood paulistana

Os amplos galpões a preços camaradas levaram produtoras e estúdios fotográficos e cinematográficos, como o Quanta, a se instalar no bairro a partir de 2005. Conheça produções que tiveram cenas gravadas ali ou foram totalmente feitas na Vila Leopoldina, a exemplo do filme Todas as Razões para Esquecer, dirigido por Pedro Coutinho, com previsão de lançamento para 2018:

Todas as Canções de Amor (2017). Longa dirigido por Joana Mariani

(Divulgação/Veja SP)

Lalá (2017). Videoclipe da rapper Karol Conka

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(Lost Art/Veja SP)

3% (2016). A primeira série brasileira

(Divulgação/Veja SP)

Sessão de Terapia (2012). Série de TV exibida pelo GNT da Netflix

(Divulgação/Veja SP)

The Taste Brasil (2015). Reality culinário com Claude Troisgros

(Tricia Vieira/Veja SP)

Descontos para casa

Uma das melhores opções dos arredores para pechinchar é o outlet OpenBox2. Com móveis, artigos de cozinha e objetos de decoração, oferece preços até 80% mais baixos em relação às lojas tradicionais do ramo. Recebe novidades toda semana, que somem rapidamente. Ocupa dois imóveis da Rua Baumann e ostenta um estoque de mais de 12 000 itens.

Interior da OpenBox2, outlet de móveis (Divulgação/Veja SP)

Não espere atendimento e organização de butique: o objetivo ali é garimpar. Há também uma filial na Mooca (Rua Natal, 571) e outra recém-inaugurada em Alphaville. OpenBox2. Rua Baumann, 1149/1297, Vila Leopoldina, ☎ 3641-9988. Seg. a sex., 9h30 às 18h; sáb., 9h30 às 17h; dom., 10h30 às 17h.

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Passado industrial 

Foi ali que se desenvolveu a Giannini, uma das pioneiras na produção industrial de violões no Brasil. Fundada em 1900 por um imigrante italiano, a empresa passou pelo centro e pela Barra Funda até se instalar na Vila Leopoldina, nos anos 70, onde ficaria até 1990, quando deixou a capital. O mesmo fenômeno de debandada se deu com outras indústrias sediadas na região, entre elas a BIC, atraídas pelos incentivos fiscais e pelas facilidades logísticas em outras cidades.

Outro bom motivo para se desfazer dos galpões era a facilidade de negociação com as construtoras. De olho na expansão imobiliária, essas empresas preferiam entender-se com um só dono de imóvel a comprar sobrados e casas com vários moradores.

A fábrica de violões Giannini: no bairro até 1990 (Emidio Luisi/Veja SP)

Boom imobiliário

A urbanização da Vila Leopoldina começou ainda no século XIX pelas mãos de jesuítas alemães (daí vêm os nomes das ruas Hayden, Fröben e Dr. Seidel, entre outras). O local exibiu uma forte marca industrial a partir da década de 50. Foi na virada dos anos 2000 que viveu sua mais frutífera expansão.

Segundo dados da consultora Geoimovel-VivaReal, desde 2012 surgiram 1 036 apartamentos por ali: de amplas unidades de três e quatro cômodos aos recentes espaços menores, projetados para solteiros e jovens casais em busca de boa localização e preços mais em conta.

Vista aérea de edifícios do bairro (Delfim Martins/Veja SP)

O metro quadrado dos lançamentos na região, de acordo com o Secovi-SP, o sindicato da habitação, custa 7 716 reais — mais barato que em bairros como Pompeia, Alto da Lapa e Santana, cuja estimativa de preço ultrapassa os 10 000 reais.

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Arte no galpão

Ainda são raras as opções culturais no pedaço. Entretanto, há exceções. Inaugurado há dois anos em um imóvel de 800 metros quadrados, antiga sede de empresas de equipamentos fotográficos e cinematográficos, o Galpão VB abriga um acervo de quase 10 000 obras, entre documentários, livros, vídeos e registros de performances.

Uma galeria, um restaurante, uma biblioteca especializada, um bicicletário e uma livraria completam a lista de atrações do complexo. Avenida Imperatriz Leopoldina, 1150, ☎ 3645-0516. Ter. a sáb., 12h às 18h.

Galpão VB: quase 10 000 obras (Pedro Napolitano Prata/Veja SP)

Sorte grande

Em 1895, houve a Rifa entre Amigos, cujo prêmio eram lotes no pedaço. O anúncio publicado em 20 de abril no jornal Estado, atual O Estado de S. Paulo, chamava os contemplados a comparecer à Casa Steiner, na Rua dos Andradas, para pegar a escritura. À época, o terreno era considerado úmido demais para as construções. Só a partir da década de 50 a chegada dos galpões mudaria a cara do bairro.

Do gramado ao buquê

A proximidade com a Ceagesp fez brotar uma série de lojas especializadas em jardinagem nos arredores. São estabelecimentos
como a Uemura Flores e Plantas (foto), que reúne perto de 30 000 itens, entre espécies botânicas, ferramentas, terra, adubo, arranjos e luminárias. Além disso, há uma consultoria à disposição para indicar os exemplares que melhor se adaptam a cada ambiente e tirar dúvidas.

Uemura Flores e Plantas: empresa nascida no Ceagesp (Divulgação/Veja SP)

Fundada em 1992 por um casal de imigrantes japoneses que trabalhou por anos na lavoura, a empresa, que começou na Ceagesp, investiu recentemente em um e-commerce que atende à Grande São Paulo. Rua Baumann, 963, ☎ 3641-1004. Seg. a sáb., 7h às 17h30; dom., 9h às 14h. www.uemurafloreseplantas.com.br.

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