Veja algumas novidades importantes em transplantes
Corações artificiais e aparelho que detecta doenças do fígado estão em desenvolvimento nos hospitais paulistanos
■ O Hospital das Clínicas e o Albert Einstein serão os primeiros no país a realizar transplante multivisceral, que substitui, ao mesmo tempo, fígado, estômago, pâncreas, duodeno e intestino delgado. Em ambos, a cirurgia, com implantação prevista para o início do ano que vem, será gratuita.
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■ Usados no mundo todo, corações artificiais podem adiar ou até eliminar a necessidade de troca do órgão. Após uma década de pesquisas, o Instituto Dante Pazzanese desenvolveu um modelo para substituir os dois ventrículos, que bombeiam o sangue. O aparelho é instalado dentro do peito e apenas a bateria precisa ser alocada em uma bolsa externa. Segundo o bioengenheiro Aron de Andrade, que comanda o projeto, a primeira operação deverá ser realizada até o fim deste ano e o equipamento custará cerca de 30.000 reais. Mecanismos semelhantes importados saem a partir de 380.000 reais.
■ Quando um doador morre, os pulmões podem se perder por causa da infiltração de líquidos nesses órgãos. Em novembro, o Hospital das Clínicas passará a utilizar uma técnica que pode aumentar o aproveitamento do transplante entre 30% e 40%. O procedimento, chamado de recondicionamento de pulmões, consiste em usar substâncias químicas especiais para enxugar o tecido. “Será uma virada nos tratamentos da área”, diz Paulo Pêgo Fernandes, do Instituto do Coração (Incor).
■ O Sírio-Libanês está entre os hospitais que adquiriram neste ano o FibroScan, que detecta doenças do fígado sem necessidade de biópsia. O aparelho realiza um ultrassom que afere se há enrijecimento indicador de problemas.