A tarde começou calma neste sábado (3) no Sambódromo. Palco do festival Ultra Music Festival, o local estava às moscas desde a abertura dos portões, às 14h, até por volta das 19h. O público só começou a chegar em massa para ver o show de uma das principais atrações, o New Order, que estava marcado para as 21h30. Com cerca de 15 minutos de atraso, o grupo inglês subiu ao palco principal sem um de seus fundadores — o baixista Peter Hook, que deixou a banda em 2007 —, mas com o retorno da tecladista Gillian Gilbert, afastada desde 2001.
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No palco, Hook foi substituído por Tom Chapman. Sem parecer se importar com as mudanças na formação nem com o tempo que passou desde que a banda gravou seus maiores sucessos, a plateia vibrou ao ser transportada de volta aos anos 80 com hits como “Temptation” e “Blue Monday”.
Simpático, o vocalista e guitarrista Bernard Sumner interagiu bastante com o público. Chegou até a brincar que a neblina e a fina garoa que fazia na hora do show o lembravam de sua cidade natal, Manchester, na Inglaterra.
A apresentação, no entanto, não foi perfeita. Desde o começo, Sumner teve problemas com o volume do microfone, que quase não podia ser ouvido, e ao final de cada música ele quebrava o clima de festa ao reclamar de algum problema no som. A maior surpresa de todas, no entanto, aconteceu ao final da apresentação. Após nove músicas tocadas durante pouco mais de uma hora, a banda simplesmente saiu do palco sem sequer se despedir. Muitos acharam que haveria um “bis”, mas a expectativa de um retorno foi quebrada pelos técnicos que subiram para desmontar o palco.
O festival
A segunda edição do Ultra Music Festival começou às 16h no palco principal com o DJ Márcio Vermelho, conhecido da noite paulistana. Já na Arena UMF, as atividades demoraram mais do que o esperado para serem iniciadas. Os curitibanos do Copacabana Club subiram ao palco secundário aproximadamente meia hora depois do programado, o que acarretou atrasos ao longo do evento. Isso não impediu que atrações como The Twelves, DJ Marky, Diplo e o duo belga 2 Many DJs agitassem o espaço.
Passaram pelo palco principal artistas como o duo Mixhell, de Iggor Cavalera, a ótima banda belga Soulwax e o grupo escandinavo Swedish House Mafia, que dividia as atenções com o New Order no line-up. O último a se apresentar no festival foi o trio Life is a Loop, formado pelo DJ gaúcho Fabrício Peçanha e pelos curitibanos Leozinho e Rodrigo Paciornik.