Continua após publicidade

Ex-moradora de rua fundou time de futebol no bairro do Glicério

Eva Mariza Alves é criadora do projeto Comunidade Esportiva Glicério, que atende mais de 200 crianças carentes

Por Marcus Oliveira
Atualizado em 17 Maio 2024, 11h06 - Publicado em 18 jul 2014, 23h00

Localizado a 17 quilômetros da Arena Corinthians, palco da abertura da Copa do Mundo de 2014, o pequeno campo de futebol de 60 por 32 metros feito com terra batida está longe de atingir o “padrão Fifa”. Fica no bairro do Glicério, região central da cidade repleta de usuários de drogas. Quem apita por lá é Eva Alves, de 60 anos, a líder da Comunidade Esportiva Glicério, centro de treinamento amador para mais de 200 crianças e jovens carentes. “É uma alegria ver como o esporte pode afastar a nova geração da violência”, diz.

 

Ajudante-geral do museu Catavento Cultural e Educacional, Eva nasceu em Catanduva e foi trazida à capital aos 12 anos, para trabalhar como faxineira, mas chegou a morar três anos na rua após brigar com os patrões. Nos anos 80, casada, mudou-se para o Glicério e decidiu pôr ordem na brincadeira dos garotos que jogavam futebol em qualquer canto que encontrassem. “Sem técnico e com uniforme emprestado, levamos o título em um campeonato amador”, lembra.

Continua após a publicidade

Foram anos tentando a doação de um espaço fixo, conquistado em 2006, sob o viaduto em que está ainda hoje, com a chegada de um patrocinador. A marca bancou despesas como salário dos treinadores e materiais por cinco anos até 2011, quando a prefeitura assumiu esse papel. Com isso, o atendimento foi ampliado. Crianças e jovens entre 6 e 17 anos se revezam em dois turnos. Muitos são filhos de famílias problemáticas, em alguns casos de viciados do pedaço. Por vezes, ela precisa ir às reuniões na escola dos matriculados no projeto, suprindo a ausência dos pais.

 

Continua após a publicidade

O próximo passo é reconquistar um apoiador privado. “Como o campo é pequeno, treinamos com apenas sete jogadores de cada lado”, descreve Eva, cujo sonho é ver um dos garotos em um time profissional. Atualmente, o pôster da seleção pentacampeã de 2002 continua pendurado na parede de sua sala — e só será substituído, jura, pela foto de algum de seus meninos vestindo a “amarelinha”.

Nome: Eva Mariza Alves | Profissão: ajudante-geral | Atitude transformadora: criou o projeto Comunidade Esportiva Glicério, que atende mais de 200 crianças carentes

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de 35,60/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.