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Testemunha afirma que viu garrafas de vidro no Porsche que causou acidente

Informação não consta no depoimento que ela deu à Polícia Civil. Testemunha é a mesma que relatou ter visto condutor com sinais de embriaguez

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
6 abr 2024, 11h22
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Condutor do Porsche que matou o motorista de aplicativo no domingo (31) (TV Globo/Reprodução)
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Uma testemunha disse à TV Globo nesta sexta-feira (5) que disse à Polícia Civil que viu garrafas de vidro no Porsche do empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, 24, após ele bater no Renault Sandero do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, 52. Ornaldo morreu no hospital após o acidente, que aconteceu na noite de 31 de março no Tatuapé, na Zona Leste da capital.

Essa informação, no entanto, não consta no depoimento que mulher deu à Polícia Civil. Ela falou no 30º Distrito Policial (DP) na última terça (2).

A testemunha é a mesma que havia dito anteriormente que viu Fernando com sinais de embriaguez, “voz pastosa” e cambaleando após a batida. Segundo relato, o motorista não conseguiu responder o próprio nome, por causa do estado de embriaguez.

“O pouco que eu vi tinha umas garrafas na parte do passageiro. Só que eu não sei precisar que tipo de garrafa é essa. Acho que tinha umas três dentro”, disse a mulher, que aceitou falar com a reportagem em anonimato.

Secretaria da Segurança Pública (SSP) não se manifestou sobre o assunto.

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Empresário havia bebido antes do acidente

De acordo com o depoimento da namorada de Marcus Vinicius Machado Rocha, 22, amigo de Fernando que estava no banco do carona durante o acidente, eles, Fernando e sua namorada beberam “alguns drinks” em um restaurante. Depois, os quatro foram para uma casa de pôquer com “open bar” (comida e bebida à vontade). Câmeras de segurança registraram a entrada e saída deles do estabelecimento.

Em seguida, Fernando discutiu com a sua namorada, que não queria deixá-lo dirigir porque ele estava “alterado”. Marcus se ofereceu para conduzir o Porsche do amigo, que recusou. Então foi de carona com o empresário no veículo enquanto suas namoradas seguiram atrás em outro automóvel.

Durante o trajeto, a namorada de Marcus contou que Fernando “acelerou” o carro de luxo e quando ligou para seu namorado, ele contou que o Porsche se envolveu em um acidente. As namoradas dos rapazes foram ao local.

Amigo do empresário está em coma induzido

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Marcus está entubado e internado em coma induzido na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital São Luiz Anália. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (5) ao g1 por pessoas próximas à família do rapaz.

Ele quebrou quatro costelas e precisou retirar o baço em uma cirurgia. Seu estado de saúde ainda apresenta riscos e não há previsão de alta. Ele ainda não foi ouvido pela polícia sobre o caso. Fernando teria tido um corte na boca, mas não foi para nenhum hospital.

A Polícia Militar (PM), que atendeu a ocorrência, acabou liberando o motorista do Porsche para sair do local do acidente sem fazer o teste do bafômetro nele. Eles alegam que Fernando foi retirado de lá pela mãe, Daniela Cristina de Medeiros Andrade, 45. Ela disse que levaria o filho ao hospital, mas isso não aconteceu. Fernando só se apresentou à polícia mais de 36 horas após a batida. À polícia, ele disse não ter ingerido bebidas alcoólicas.

A Polícia Civil indiciou o empresário por homicídio por dolo eventual, quando se assume o risco de matar, lesão corporal e fuga do local do acidente. Ele responde aos crimes em liberdade.

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