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Taxistas perdem ação contra Uber e terão que pagar 380 000 reais

Autores alegavam que o aplicativo trazia prejuízo de 60% aos motoristas de táxi, configurando concorrência desleal

Por Thaís Oliveira Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 21 dez 2017, 19h32 - Publicado em 21 dez 2017, 19h24
Protesto em 2015: resistência contra a chegada do Uber (Fernando Moraes/Veja SP)
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O Tribunal de Justiça de São Paulo negou uma ação de trinta taxistas de São Paulo contra o Uber. A decisão em primeira instância foi publicada no dia 7 de dezembro. Ainda cabe recurso.

Os autores alegam que o aplicativo trazia prejuízo de 60% aos motoristas de táxi, configurando concorrência desleal. Para mitigar os supostos danos financeiros, os autores pro entraram na Justiça exigindo R$ 2.913.181,20 por danos coletivos. Cada um dos autores receberia 97.106,04 desse montante, que inclui ainda 900 000 reais por danos morais.

A decisão prevê ainda que eles paguem as custas e honorários de advogados, equivalente a 10% do valor da ação. O valor aproximado é de 380 000 reais. 

A sentença da juíza Juliana Pitelli da Guia, da 10.ª Vara de Fazenda Pública, argumenta que o transporte por táxi e o transporte feito pelo Uber são serviços de natureza diferentes. “Aquele é serviço de transporte público individual de passageiros; este é serviço de transporte privado individual de passageiros que, nesta condição, se insere nos modais de mobilidade urbana previstos na Lei Federal nº 12.587/2012.”

“Assim, não há qualquer violação ao postulado da livre concorrência a regulamentação do serviço prestado pela ré Uber, senão verdadeiro incentivo à livre iniciativa, em benefício dos cidadãos e toda a coletividade”, complementa. 

Procurado, o Uber defendeu em nota que o serviço de caronas pagas é amparado pela Constituição e previsto na Política Nacional de Mobilidade Urbana. “Os tribunais brasileiros afastaram e consideraram inconstitucionais as tentativas de proibição da Uber, confirmando a legalidade das atividades da empresa e dos motoristas parceiros”, diz o texto.

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