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Aumento de taxistas mulheres faz surgir rede de ajuda mútua

Para trocar dicas, experiências e lidar com as dificuldades de uma profissão considerada masculina, elas se auxiliam através do WhatsApp

Por Mariana Rosário
Atualizado em 27 dez 2016, 16h18 - Publicado em 6 ago 2016, 00h00

De 2013 para cá, o número de mulheres que trabalham como taxistas aumentou 52% na capital, saltando para 8 200. Elas representam hoje cerca de 10% do total da categoria por aqui. Mesmo assim, ainda há resistência de parte dos passageiros, que chegam a dispensar carros porque não há um homem ao volante. “Muitos clientes já disseram que preferem os rapazes, mas eu não me chateio com isso”, diz Maria Inez Arruda de Araújo, que tem mais de quarenta anos de carreira. Para contornar os problemas comuns a uma profissão considerada masculina, algumas delas criaram um grupo no WhatsApp chamado Mulheres Taxistas Poderosas, um tipo de “clube da Luluzinha” motorizado.

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A ideia surgiu há um ano e meio, durante um almoço entre colegas de praça. “Foi a forma que encontramos para nos sentirmos menos sozinhas”, afirma Virginia Marinelli, que em 2015 trocou as linhas de micro-ônibus da SPTrans por um táxi preto. Por meio do aplicativo, as 130 participantes trocam dicas de segurança. “Nosso principal serviço é oferecer auxílio a quem vai circular por regiões perigosas e desconhecidas”, explica Angela Faleiros da Silva, com quatro anos de profissão.

Em alguns casos, essa ajuda virtual se estende inclusive ao mundo real. Há um mês, Andréa — irmã de Angela e também taxista — viu em seu celular que uma colega se dirigia pela primeira vez ao Grajaú, na Zona Sul. Como conhece bem a área, decidiu acompanhar toda a corrida, seguindo a motorista perdida. “Meu expediente havia encerrado, mas só voltei para casa quando ela estava segura”, conta.

Em menor escala, assuntos mais leves, como moda e beleza, também pautam as mensagens. O bate-papo fez tanto sucesso que a turma decidiu levar a relação para as ruas. Inspiradas em uma iniciativa surgida no Rio de Janeiro, as integrantes têm a intenção de fundar uma cooperativa somente de mulheres. “Precisamos derrubar a impressão do público de que os taxistas são pessoas violentas”, justifica uma das fundadoras do grupo, Maria Celia Veloso.

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