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Tarcísio toma posse como governador de São Paulo

Após 28 anos de PSDB, novo governador terá desafios de montar próprio grupo político e de melhorar índices de educação e segurança do estado

Por Hyndara Freitas
Atualizado em 1 jan 2023, 11h21 - Publicado em 1 jan 2023, 09h35

Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Felício Ramuth (PSD) tomaram posse neste domingo (1º) como governador e vice-governador de São Paulo. Tarcísio chegou à Assembleia Legislativa (Alesp) às 9h11 – a cerimônia estava prevista para chegar às 9h – ao lado da esposa Cristiane de Freitas e foi recepcionado pela Guarda de Honra da Polícia Militar e depois recebido pelo presidente da Casa, o deputado Carlão Pignatari.

Além de deputados aliados, alguns dos nomes presentes na cerimônia são o prefeito da capital Ricardo Nunes (MDB), o presidente do PSD e nomeado secretário de Governo Gilberto Kassab, o presidente do Banco Central Roberto Campos Neto e o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) Paulo Galizia.

Ao lado da Alesp, um grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) que acampa no Comando Militar do Sudeste exibia faixas pedindo intervenção militar e outras medidas antidemocráticas no momento em que Tarcísio chegou.

No Plenário Juscelino Kubitschek, a solenidade começou com um minuto de silêncio em homenagem a Pelé, que morreu na última quinta-feira (29). Em seu discurso, Tarcísio exaltou aliados políticos, reforçou promessas de campanha, disse que irá “governar para todos” e afirmou que a “atenção às demandas populares deve ser o grande direcionador da ação do Estado”.

Em entrevista à TV Alesp, Tarcísio prometeu “diálogo com os parlamentares” e afirmou que irá trabalhar para fazer o leilão do Rodoanel o mais breve possível.

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Fim da era tucana

Aos 47 anos, o ex-ministro de Infraestrutura Tarcísio disputou sua primeira eleição e saiu dela vencedor ao vencer no segundo turno contra Fernando Haddad (PT), com 55,26% dos votos válidos.

A eleição de 2022 representou o fim de uma era tucana nos governos paulistas que durou 28 anos, com o baixo desempenho de Rodrigo Garcia (PSDB), que ficou em terceiro lugar. A escolha do secretariado de Tarcísio, sem nomes indicados pelo PSDB, selou o encolhimento do partido em seu principal reduto. Agora sem a prefeitura da capital e sem o governo do estado, a sigla também não tem maioria na Assembleia Legislativa (Alesp) e deve perder a presidência da Casa em março, já que é esperado que o posto vá para algum deputado do PL.

Tarcísio de Freitas sucede Rodrigo Garcia no governo de São Paulo.
Tarcísio de Freitas sucede Rodrigo Garcia no Palácio dos Bandeirantes. (Governo do estado de São Paulo/Divulgação)

Tarcísio terá como desafios montar seu próprio grupo político em um estado historicamente tucano, e melhorar índices em diversas áreas do estado, como educação, segurança e saúde.

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Tarcísio fez uma campanha colada a do presidente Jair Bolsonaro (PL) – que saiu derrotado nas urnas na disputa federal – prometendo mudanças na gestão de São Paulo, um “secretariado técnico”, com um discurso liberal na economia e com promessas de ampliação de benefícios sociais. A promessa de não cobrar vacinação de servidores públicos também foi pauta frequente durante a campanha.

O novo governador manteve as 23 secretarias de seu antecessor, mas fundiu algumas, como a Infraestrutura, Transportes e Meio Ambiente (que juntou as pastas de Infraestrutura e Meio Ambiente com a de Logística e Transportes), e criou outras, como a Secretaria da Mulher, uma promessa de campanha. A escolha dos titulares foi um misto de nomes que trabalharam com ele no governo federal, indicações políticas – com destaque para o PSD – e nomes técnicos.

Tarcísio é engenheiro e militar da reserva, é casado com Cristiane de Freitas e tem dois filhos. Foi chefe da seção técnica da Companhia de Engenharia do Brasil na Missão de paz da ONU no Haiti. Em 2011, foi indicado a diretor executivo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), durante o governo de Dilma Rousseff (PT). Na ocasião, o órgão enfrentava suspeitas de corrupção e Tarcísio teve o papel de reorganizar o local. Em 2014, virou diretor-geral do DNIT, onde ficou até 2015. Foi ministro da Infraestrutura entre janeiro de 2019 e março de 2022.

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