Tarcísio diz acreditar em “relação muito republicana” com Lula
"Para que o Brasil possa caminhar bem, São Paulo tem que caminhar bem", disse; governador não irá a posse do novo presidente em Brasília
O recém-empossado governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse que espera uma “relação muito republicana” com Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que toma posse para o terceiro mandato como presidente da República às 15h. Apesar de alçado ao governo paulista com o apoio de Jair Bolsonaro (PL) – e de tê-lo agradecido em seu discurso de posse – Tarcísio não atacou o futuro presidente e quer construir diálogo. Apesar disso, não vai à posse em Brasília para não criar desgastes políticos.
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“Eu espero uma relação de harmonia com o governo federal. A união do estado de São Paulo com o Brasil é indissociável porque não existe a possibilidade do Brasil ir bem com São Paulo indo mal. Para que o Brasil possa caminhar bem, São Paulo tem que caminhar bem, São Paulo representa um terço da riqueza produzida no Brasil, representa 31% do PIB então é fundamental que São Paulo ande bem. Por isso eu acredito numa relação muito profissional, muito republicana”, destacou. Ele ainda disse que teve bons contatos com a equipe de transição do petista e que é importante que as políticas públicas federais cheguem ao estado. “Acredito em uma relação com diálogo”, ponderou.
Questionado sobre o protagonismo que a proteção ao meio ambiente terá em seu governo, ele afirmou que a fusão das secretarias de Meio Ambiente e Infraestrutura com Transportes e Logística na verdade fará com que essas áreas andem juntas “desde a concepção”. “A preocupação ambiental vem do berço. São Paulo tem um bom legado ambiental, tem remanescente de Mata Atlântica e há o desafio da segurança hídrica, desafio da recuperação dos mananciais e isso é um ponto principal na nossa agenda ambiental, a recuperação e a preservação dos mananciais para ter segurança hídrica no futuro”.
Nesta segunda-feira (2), Tarcísio terá sua primeira reunião de secretariado para definir as primeiras medidas a serem tomadas. A nova gestão deve focar inicialmente em questões sociais, na continuidade do Rodoanel e em acelerar os estudos sobre a privatização da Emae e Sabesp.