Casarão da família de Suzane von Richthofen tem novo proprietário
Condenada a mais de 38 anos de prisão pelo assassinato dos pais, ela abriu mão da herança
Dois meses após a divulgação de um documento onde Suzane von Richthofen abriu mão de lutar pela herança deixada pelos pais, o casarão onde o engenheiro Manfred e a psiquiatra Marísia foram assassinados em 2002 não pertence mais a Andreas, filho do casal. A residência no Campo Belo, Zona Sul de São Paulo, tem novo proprietário.
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Com dois pavimentos, o imóvel com piscina, escritório e biblioteca passou por uma reforma completa, acabando com a aparência de abandono. A obra começou há pouco mais de dois meses e está praticamente concluída. O muro e os portões foram pintados de branco, deixando a casa mais moderna e cobrindo as pichações na antiga fachada de tijolos aparentes.
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Segundo relatos, a compra do imóvel foi considerada uma “boa oportunidade”. O valor da venda não foi revelado. Entretanto, residências semelhantes nas imediações são comercializadas entre 2 milhões e 3 milhões de reais.
“A casa é ótima, mas acho que ele (o proprietário) arrumou para a cabeça, pois sempre existem curiosos por aqui”, disse um morador que não quis se identificar. “O imóvel estava praticamente abandonado. Ficou bem melhor agora, com uma nova aparência. É bom para a rua essa transformação”, disse outro vizinho que preferiu o anonimato.
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Antes da venda, raramente alguém entrava no casarão. Segundo relato de vizinhos e funcionários da região, o irmão de Suzane voltou recentemente ao local apenas para pegar alguns objetos. Procurada, a advogada de Andreas, Maria Aparecida Evangelista, disse que não se manifestará sobre a venda.
Herança
No documento em que abriu mão da herança, Suzane manifestou o desejo de reencontrar o irmão, Andreas, que não vê desde o julgamento em 2006 e com quem disputava na Justiça o espólio dos pais.
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Ela solicitou também a proibição da entrada do advogado Denivaldo Barni, que a representava, no presídio de Tremembé, onde ela cumpre pena. Desde o dia 27 de agosto, ela é assistida pela Defensoria Pública.
Detida na penitenciária feminina de Tremembé, no interior de São Paulo, Suzane tem um relacionamento amoroso com Sandra Regina Ruiz Gomes, a “Galega”, condenada por participar do sequestro de um adolescente de 14 anos.
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Em agosto, ela havia se recusado a receber o benefício do regime semiaberto, dizendo se sentir segura na penitenciária, onde mantém bom relacionamento com o restante das presas.
Caso Richthofen
Suzane foi condenada a 38 anos e seis meses de prisão pelo assassinato dos pais Manfred e Marísia von Richthofen, em 2002, e já cumpriu quase 12 anos da pena. Desde então, ela tem sido considerada uma das presas mais influentes e com melhor comportamento na penitenciária feminina I de Tremembé.
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Ela não conta com a simpatia do irmão e, desde que demitiu seu advogado e tutor Denivaldo Barni, não tem recebido visitas. Uma das poucas pessoas que ainda a chamam de amiga é a também advogada Luzia Helena Sanches, na casa de quem Suzane ficou hospedada quando esteve em liberdade. Mesmo assim, elas perderam contato nos últimos anos.