SP retoma aulas nesta segunda com 40% dos alunos de 5 a 11 anos sem vacina
Diferentemente do estado, município não denunciará ao Conselho Tutelar pais que insistirem em não vacinarem seus filhos
Cerca de 1 milhão de alunos matriculados nas escolas de educação infantil e ensino fundamental na cidade de São Paulo voltam às aulas a partir desta segunda-feira (7) na cidade de São Paulo.
+Medida do governo estadual pressiona vacinação infantil
Dados da própria prefeitura indicam que quatro em cada dez crianças de 5 anos a 11 anos de idade da cidade de São Paulo ainda não foram vacinadas contra a Covid-19, embora haja imunizante disponível e em quantidade suficiente para todas elas há mais de uma semana.
Contabilidade disponível no site Vacinômetro da Secretaria Municipal de Saúde com dados do sábado (5) indicam que das 1 083 159 crianças de 5 a 11 anos, 658 813 já tomaram a vacina (60,8% do total). É possível inferir que 424 346 ainda não tomaram sequer a primeira dose. E muitas delas estudam em escolas da rede municipal de ensino.
Diferentemente do governo estadual, a prefeitura não denunciará os pais que insistirem em não vacinar os seus filhos. A medida é contestada por especialistas, segundo revela reportagem da Vejinha desta semana. Confira aqui o conteúdo.
+Pais terão até o dia 3 de julho para comprovar vacinação dos filhos
Para receber os alunos, a Prefeitura de São Paulo informou ter realizado vários investimentos. Assim como nos dois primeiros anos da pandemia, todos os protocolos sanitários serão mantidos dentro das escolas, como aferição de temperatura, uso de máscara e álcool em gel.
Só em máscaras e álcool em gel, a Secretaria Municipal de Educação informou ter investido R$ 30 milhões. São 142 milhões de máscaras comuns, usadas por alunos, e 1,6 milhão do modelo PFF2, a mais indicada para conter a contaminação com a variante Ômicron, que serão usadas pelos professores e servidores.
Para auxiliar no cumprimento dos protocolos, assim como ocorreu em 2021, as escolas terão o reforço de 4 590 mães de alunos. Elas ficarão responsáveis por averiguar se os protocolos sanitários de combate ao Covid-19 estão sendo cumpridos.