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Justiça volta a permitir que prefeitura retire barracas das ruas

Decisão judicial anterior obtida pelo deputado Guilherme Boulos impedia que estruturas fossem retiradas de praças e calçadas; psolista diz que irá recorrer

Por Clayton Freitas
Atualizado em 1 abr 2023, 18h44 - Publicado em 1 abr 2023, 10h56
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  • A Justiça derrubou uma liminar que proibia a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB)  retirar barracas de pessoas em situação de rua de praças e ruas da capital. Além de Nunes, a retirada é defendida pelo subprefeito da Sé, Álvaro Camilo.

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    A nova decisão do desembargador Ribeiro de Paula ocorreu na noite desta sexta-feira (31). Ela suspendeu uma decisão anterior, de fevereiro deste ano, da juíza Juliana Brescansin Demarchi Molina, da 7ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, que vetou a retirada dos objetos. A liminar da primeira instância foi concedida em favor de oito autores, entre eles o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) e o padre Júlio Lancelotti, da Pastoral do Povo de Rua. A suspensão vale até a decisão do mérito, o que não tem data para ocorrer. Boulos informou quer irá recorrer da decisão (leia mais abaixo).

    A liminar permite apenas a retirada de lonas, barracas, colchões, sofás ou qualquer outro objeto que possa vir a caracterizar moradia definitiva, e que, segundo um decreto de 2020, impede a livre circulação de pedestres e veículos.

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    A decisão do desembargado não é quanto ao mérito da ação de Boulos e do padre Júlio, ou seja, mas sim sobre a forma como a Justiça foi acionada.

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    “Embora gravíssima a situação de hipervulnerabilidade dos moradores de rua da cidade de São Paulo (e de tantas outras deste Estado e do país inteiro), cuja integridade física e moral deve ser preservada (não apenas na letra fria da lei), o exercício do direito material, isso não é mera construção acadêmica, deve ser postulado conforme regras processuais apropriadas (v. g. inaudito propor reconvenção em ação popular); isso é elementar”.

    Briga judicial

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    Boulos disse que irá recorrer da decisão. Segundo ele, a conta não fecha, já que a prefeitura diz que são 20 000 pessoas vivendo nas ruas, enquanto um estudo da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) informa que essa população ultrapassa 48 000 pessoas.

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    “É absurdo que a Prefeitura considere que a população sem teto viva nas ruas por vontade própria, e não por estarem abandonadas pelo poder público. Prova disso é que a conta da própria Prefeitura não fecha: há cerca de 20 mil vagas em abrigos para uma população de mais de 48 mil pessoas na capital paulista, segundo dados da UFMG”, diz, em nota enviada por sua assessoria.

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    O deputado federal diz ainda que a “questão dos sem-teto precisa ser resolvida de maneira estrutural, e não com o uso de violência para tirar o pouco que sobrou de quem já não tem quase nada”.

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