SP Arte cresce e passa a ocupar os três andares do Pavilhão da Bienal
Isenção de ICMS, que corresponde a 20% do valor de cada obra, é um dos motivos para o salto
Se até o ano passado a SP Arte, a principal feira de galerias do país, crescia a passos modestos, sua oitava edição dá um salto ambicioso. Além de ocupar pela primeira vez os três andares do Pavilhão da Bienal, recebe 27 estandes internacionais, quase o dobro em comparação a 2011, que teve catorze representantes do exterior. Um dos principais motivos para o crescimento é a inédita isenção de ICMS, taxa estadual que corresponde a cerca de 20% do valor da venda de cada obra. “O tributo penalizava o consumidor”, diz a fundadora, Fernanda Feitosa. Ela também aponta a busca de marchandes por novos mercados como motor para o aumento.
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O número de expositores nacionais passou de 75, na edição anterior, para 83, totalizando 110 galerias. Há ainda mais novidades. Por meio de parcerias inéditas com o MAM, o MIS e a Pinacoteca, o visitante receberá uma cartela com ingressos gratuitos para os três museus, válida durante o período da SP Arte. A ação aumenta a interação do público com o evento e reforça a veia educacional. Segue na mesma direção o lançamento do Laboratório Curatorial, no qual quatro jovens curadores tiveram seus projetos de exposição selecionados para ser realizados em uma seção especial da feira.
Entre os destaques, aparecem a celebrada casa inglesa White Cube e a argentina Ruth Benzacar. A londrina Sprovieri exibe uma pequena individual, intitulada “Fire Leap”, composta de imagens da fotógrafa americana Nan Goldin, alvo de uma recente polêmica no Brasil. Em novembro, a Oi Futuro cancelou uma mostra de Goldin no Rio de Janeiro, devido ao conteúdo picante, às vezes envolvendo crianças, dos registros — o MAM carioca acabou hospedando a montagem.