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“Solução não virá dos governos”, diz Alexandre Allard sobre sustentabilidade

Idealizador do Cidade Matarazzo participou de evento que discutiu oportunidades de inovação para cidades

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 30 set 2022, 17h43 - Publicado em 30 set 2022, 17h37

“Hoje a Amazônia é atacada de todos os lados, e esse lugar tem que o ser o mais valioso do mundo, e um lugar onde tenha uma liquidez, uma geração de prosperidade deslumbrante”, afirma Alexandre Allard, idealizador do megaempreendimento de luxo na Bela Vista Cidade Matarazzo no Living Labs realizado nesta sexta-feira (30) em conjunto com a Aya Earth Partnes e Kei Cities, que discutiu oportunidades de inovação para as cidades e desenvolvimento sustentável.

Em sua visão, a solução para os problemas ambientais “não vai sair dos governos e dos grandes projetos de infraestrutura” porque não há dinheiro suficiente. “Quem vai resolver o problema é o cidadão. O mais importante é ter uma mudança de cultura, mudar a cultura e preparar a nossa humanidade aos nossos novos desafios”, afirma. Ele aponta o Cidade Matarazzo como um exemplo de desenvolvimento sustentável e preservação, já que o local promete ter um grande programa de reciclagem, energia renovável com emissão de carbono zero e uso de materiais sustentáveis na obra.

A conferência reuniu um grupo de empreendedores internacionais para discutir sobre o futuro das cidades, com a implementação de soluções tecnológicas para levar mais sustentabilidade aos grandes municípios e levar mais bem-estar à população. Os representantes das instituições também assinaram um memorando de entendimento para juntar organizações que estão comprometidas no desenvolvimento de cidades verdes e sustentáveis.

Patrícia Ellen, da Aya, lamentou o fato de que “o Brasil está fora de um debate tão importante onde temos a oportunidade de sermos protagonistas”. Mikolaj Sekutowicz, do Therme Group, afirmou que é importante pensar em cidades inteligentes que estejam alinhadas com a preservação do meio ambiente, e que isso está diretamente ligado à saúde da população mundial. “Estamos no meio de uma crise de saúde. Essa não será a última pandemia. A gente precisa aprender a ter respeito pela natureza, a gente perdeu esse respeito. Nós precisamos entender que o que tem real valor não é o que a gente produz, ou o que vendemos, o que mais importa é ar limpo, água limpa, meio ambiente preservado”, apontou.

Leonardo Bichara, representante do Banco Mundial, destacou que a instituição hoje já tem a preservação do meio ambiente como um dos pilares para novos investimentos em todo o mundo, inclusive no Brasil. “Aumentar a produção de comida, aumentar a segurança alimentar e de água. O clima, há como mitigar, tem a energia solar, o reuso de água, quantas pessoas estão realmente fazendo reuso de água em suas casas? A mobilidade elétrica eu acho que é o que de fato vai trazer uma economia circular. Esse tipo de modal vai incluir mais pessoas”, aponta como soluções.

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Haroldo Machado Filho, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, citou os 17 objetivos do desenvolvimento sustentável, que inclui garantir energia limpa e sustentável, saúde e emprego decente para a população, e afirmou que esses ideais não podem ser olhados separadamente. “Em um mundo cheio de riscos, segurança é muito importante, estamos falando de segurança alimentar, de água, de clima. Tudo isso está interligado. Não podemos considerar esses objetivos de forma separada, esses objetivos estão interconectados. É nas cidades onde as batalhas pelo clima vão ser vencidas ou perdidas”, destacou.

“Quando falamos do sistema alimentar, é uma questão social, econômica ou ambiental? Não dá para falar disso isoladamente. E nós precisamos falar com as pessoas, vemos as decisões sendo tomadas de cima para baixo, mas precisamos de decisões sendo tomadas de baixo para cima. Quando as pessoas pensam em inovação, elas pensam em hardwares de empresas sofisticadas, mas há inovações vindo de todos os lados. Não estou falando de hardwares, estou falando de como as pessoas conseguem fazer a vida delas melhores”, acrescentou Haroldo.

Um exemplo de cidade futurista e sustentável foi trazido pela Kei Cities: o projeto Aguaduna, uma cidade inteligente na Bahia que está em desenvolvimento e tem o apoio de diversas instituições e empresas privadas. O projeto prevê uma cidade que só usa energia limpa, tem veículos elétricos, todas as ruas pensadas em pedestres e ciclistas e com sistemas de diminuição de lixo.

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