Imóvel fechado na Zona Leste tem trajetória que remonta ao século XVII
A casa passou pelas mãos do padre Diogo Antônio Feijó, regente do Império entre 1835 e 1837
No bairro Jardim Anália Franco, na Zona Leste, um imóvel campesino do século XVII acompanhou a transformação da região pouco habitada em um ponto de prédios de luxo. A casa passou pelas mãos de diversas figuras, algumas conhecidas, como o padre Diogo Antônio Feijó, regente do Império entre 1835 e 1837. Ele morou no endereço por mais de uma década e o apelidou de Sítio Paraíso. Em 1911, o terreno foi comprado pela filantropa Anália Franco, que fundou um internato que funcionou ali até os anos 90.
Ao longo do tempo, a edificação de paredes de taipa de pilão e piso de madeira sofreu diversas alterações e sua propriedade acabou também desmembrada. “A casa é composta de diversos elementos históricos dos vários períodos da arquitetura paulista”, explica o arquiteto Samuel Kruchin, que realizou um restauro integral ali nos anos 2000 buscando preservar a diversidade da construção. Hoje, o curioso imóvel de propriedade privada, que foi tombado, não fica aberto a visitantes.
Publicado em VEJA SÃO PAULO de 8 de janeiro de 2020, edição nº 2668.