Ao longo de quinze anos, o Salão de Arte lançou mão de uma série de iniciativas para se renovar: eliminou o termo antiguidade de seu nome, aderiu a obras de artistas contemporâneos e passou a vender jóias. Tudo com o objetivo de atrair não apenas colecionadores. Agora, o evento chega a sua 15ª edição sem a pretensão de trazer mais novidades. A idéia é reforçar sua presença no calendário paulistano. Com 29 vendedores de mobiliário e peças sacras, vinte galeristas, sete designers de jóias e um livreiro, a mostra, que começa na terça (19), mantém o mesmo formato do ano passado, quando 12 000 pessoas passaram pelos salões do clube A Hebraica. Por um ingresso de 20 reais – valor revertido para a Associação de Assistência à Criança Cardíaca e à Transplantada do Coração –, o salão é um bom programa para quem deseja comprar ou simplesmente contemplar.
Em meio aos principais antiquários do país há uma estréia de peso: o Atelier Princesa, da família real Bourbon de Orleans e Bragança. Vinda de Petrópolis, no Rio de Janeiro, a loja inaugura uma filial na Alameda Gabriel Monteiro da Silva, no Jardim Paulistano, logo depois do evento. Embora muitos expositores não divulguem o valor de suas peças, algumas das obras mais caras à disposição são um lustre do designer francês Philippe Starck (210 000 reais) e a tela Marinha com Barcos, de Di Cavalcanti (avaliada em 200 000 reais). Entre as opções mais em conta está o tríptico do artista plástico mineiro Fernando Velloso. Cada tela custa 3 600 reais e pode ser comprada individualmente. Há também peças de arte sacra, como uma Nossa Senhora da Conceição do século XVIII à venda por 2 800 reais.
• Salão de Arte. A Hebraica. Rua Doutor Alberto Cardoso de Melo Neto, 115, Jardim Paulistano, 3088-2625. Terça a sexta, 15h às 22h; sábado e domingo, 13h às 22h. R$ 20,00. Até domingo (24). A partir de terça (19).