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Ex-dono de hospital é suspeito de ter enviado dinheiro para Abdelmassih

Reportagem do <em>Fantástico</em> mostrou como Ruy Marco Antônio supostamente mandava o valor para o ex-médico condenado a 278 anos de prisão

Por VEJA SÃO PAULO
Atualizado em 5 dez 2016, 14h10 - Publicado em 25 ago 2014, 10h48

Ex-proprietário do Hospital São Luiz, o médico Ruy Marco Antônio é suspeito de ter enviado dinheiro para o ex-médico Roger Abdelmassih, capturado na última semana, em Assunção, no Paraguai, após ficar foragido por três anos e sete meses. A informação foi divulgada pelo Fantástico.

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Segundo a reportagem, Antônio entregava o valor para Sérgio Molina Júnior, administrador da empresa de produtos agropecuários Colamar, que tem como sócia a mulher de Abdelmassih, Larissa Sacco. De acordo com as investigações, Molina depositava o dinheiro na conta da empresa e Dimas Campelo Maria, amigo do ex-médico, sacava o valor e levava até Foz do Iguaçu, na Fronteira com o Paraguai.

Abdelmassih foi condenado em 2010 a 278 anos de prisão por 52 estupros (e quatro tentativas) contra 39 mulheres, em geral suas pacientes.

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Dez dias antes da captura, os policiais fizeram campana em frente à casa de 600 metros quadrados, com quatro quartos, jacuzzi, piscina, sauna e churrasqueira, e até uma cozinheira entre os empregados, entre os bairros de classe alta de San Cristóbal e Villa Morra. O contrato, de fevereiro de 2011, com valor inicial de 3 800 dólares mensais, indica que o Paraguai foi o primeiro destino de um dos foragidos mais procurados do Brasil assim que se escafedeu da Justiça, no início daquele ano.

A mais nova tentativa de encontrar Abdelmassih começou no fim de maio, quando uma operação da Polícia Civil de São Paulo encontrou em uma das fazendas do médico, em Avaré, documentos que davam pistas do esquema de sustentação financeira que financiava sua fuga. A partir da rede de amigos e familiares descoberta nesse dia, a polícia e o Ministério Público rastrearam o médico no Paraguai. A desconfiança de que esse era o paradeiro surgiu por meio de escutas feitas no telefone de Maria Stela Abdelmassih do Amaral, irmã do ex-médico.

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A descoberta de Abdelmassih no Paraguai foi uma surpresa, porque a principal hipótese era que ele tivesse escapado para o Líbano, por ter cidadania também do país do Oriente Médio. Segundo investigadores, a escolha do país vizinho levou em conta a facilidade de comprar proteção e a proximidade com familiares.

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Após a prisão no Paraguai, o médico foi imediatamente deportado para o Brasil e chegou a Foz do Iguaçu, no Paraná, no fim da tarde de terça-feira (19). Na quarta-feira, foi transferido para São Paulo, onde está preso em Tremembé, no interior do estado, numa cela de 15 metros quadrados. A policiais civis, no Aeroporto de Congonhas, o ex-médico disse que partiu da mulher a ideia de fugir.

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