Após incêndio, Cultura Artística vai reabrir voltado só à música
Programação terá música clássica, MPB, jazz e eletrônico, mas não haverá mais peças de teatro
Fechado desde o incêndio de 2008, o Teatro Cultura Artística reabre em 25 de agosto. A reforma, ao custo de 140 milhões de reais (captados principalmente via leis de incentivo fiscal), modernizou e deixou ainda mais bonito o espaço.
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A entrada — com o enorme painel de Di Cavalcanti voltado para a calçada e os salões cinquentistas do arquiteto Rino Levi — foi cuidadosamente restaurada; a sala principal (foto), que tinha desabado, terá uma escultura de Sandra Cinto nas paredes que ajudará na acústica das apresentações; e o prédio se integrou melhor ao en- torno, com um café e uma livraria (uma Megafauna) no térreo, além de paredes de vidro com vista para a vizinha Praça Roosevelt.
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A programação vai mudar. Após ser reaberto, o Cultura Artística se dedicará exclusivamente à música. As peças de teatro, que chegavam a ocupar 200 dias por ano da agenda, deixarão de ocorrer. “A reforma foi direcionada às apresentações musicais. Não existe cortina no palco, por exemplo — porque atrapalharia a acústica”, diz Frederico Lohmann, superintendente do Cultura Artística.
Em 2024, haverá apenas música clássica — atividade pela qual se tornou conhecida a organização sem fins lucrativos Cultura Artística, fundada em 1912. Serão cinquenta concertos entre agosto e dezembro. A partir de 2025, o leque se amplia e o local passa a receber shows de MPB, jazz e música eletrônica.
“Vamos preencher uma lacuna na cidade: será um lugar intimista para shows e concertos (a sala principal tem 773 lugares)”, afirma Lohmann.