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Quem fatura com a crise nos aeroportos

Apagão aéreo aumenta o movimento nos bares, restaurantes e serviços de Congonhas e Cumbica

Por Maria Paola de Salvo
Atualizado em 5 dez 2016, 19h21 - Publicado em 18 set 2009, 20h35

Meia-noite da última segunda-feira (20). A técnica em nutrição Daniela Grossi ainda não tinha saído do Aeroporto de Cumbica nem sequer sabia quando chegaria em casa. Não, ela não estava entre os passageiros de um dos 100 vôos que atrasaram no feriado do Dia da Consciência Negra. Daniela não conseguia era deixar a cozinha que administra no restaurante Terra Azul, um dos maiores de Cumbica. “Costumávamos servir 800 refeições diárias, mas chegamos a 2 000 nos dias de grande atraso”, comemora. “Tanto o trabalho quanto o faturamento dobraram.”

O Terra Azul não é o único estabelecimento dos aeroportos de Cumbica e Congonhas a contabilizar lucros enquanto passageiros e companhias aéreas colecionam prejuízos com a crise iniciada pelos controladores de vôo, que assola o país desde o fim de outubro e, segundo previsões do governo divulgadas na última terça (21), não deve acabar até o Natal. Bares, cafés, lanchonetes e serviços de conveniência como cabeleireiros e pontos de acesso à internet registram movimento maior em comparação a outros meses.

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