Avatar do usuário logado
OLÁ,

Quem é Rubinho Nunes, vereador cassado por divulgar laudo falso sobre Boulos?

"Iremos recorrer ao TRE com consciência de que não houve qualquer ilegalidade", disse o político, em resposta à decisão

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 Maio 2025, 17h15 - Publicado em 31 Maio 2025, 16h52
O vereador Rubinho Nunes (União Brasil): mandato cassado por divulgação de laudo falso sobre Guilherme Boulos (PSOL) nas eleições de 2024
O vereador Rubinho Nunes (União Brasil): mandato cassado por divulgação de laudo falso sobre Guilherme Boulos (PSOL) nas eleições de 2024  (Douglas Ferreira/Rede Câmara SP/Divulgação)
Continua após publicidade

O vereador Rubinho Nunes (União Brasil) teve seu mandato cassado pela Justiça Eleitoral nesta sexta-feira (30), pela publicação de laudo falso de consumo de drogas sobre Guilherme Boulos (PSOL), durante a campanha para a prefeitura de São Paulo em 2024.

O juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral — Bela Vista, também determinou a inelegibilidade do político por oito anos a partir das eleições do ano passado, por uso indevido dos meios de comunicação social. O laudo foi divulgado inicialmente pelo então candidato à prefeitura Pablo Marçal (PRTB), na véspera do 1o turno.

“O réu em conluio com Pablo Marçal realizou uma publicação em sua rede social de um documento falso sobre o candidato Guilherme Boulos referente a suposto laudo médico relatando que o referido candidato apresentava ‘um quadro de surto psicótico grave, em delírio persecutório e ideias homicidas’ com exame que indicaria resultado positivo para o uso de cocaína”, escreveu o magistrado na decisão.

A falsidade do documento foi reconhecida pela Polícia Civil. Em vídeo publicado após a sentença, Rubinho se defendeu. “Quando o candidato a prefeito publicou aquele laudo, eu repostei, acreditando que fosse verídico. Ficou na minha página por pouco mais de 20 minutos, e, tão logo surgiram notícias que questionaram a sua veracidade, o laudo foi imediatamente retirado. Não teve dolo, não fui autor da postagem”, afirmou. Confira, ao final da matéria, a nota completa do vereador sobre a decisão.

View this post on Instagram

A post shared by Rubinho Nunes (@rubinhonunes.sp)

Continua após a publicidade

Na sentença, o juiz ainda escreve que “referido documento foi produzido para garantir o desfecho da estória sabidamente inverídica sustentada por toda a campanha eleitoral do primeiro turno, bem como para garantir que o réu ganhasse visibilidade/popularidade degradando, a partir de notícias sabidamente falsas, a imagem do candidato Guilherme Boulos (…) para, em contrapartida, alavancar sua candidatura (ainda que para o cargo de vereador)”. O jurista conclui que “o réu se valeu de documento falso a fim de desprestigiar a candidatura do adversário bem como desequilibrar o pleito e ferir a integridade do processo eleitoral”.

Rubinho Nunes afirmou em nota que irá recorrer ao TRE “com consciência de que não houve qualquer ilegalidade”. “Em relação à repostagem do laudo, esta ocorreu pois havia sido publicada pelo candidato a Prefeito, sem qualquer interferência minha”, diz o comunicado do vereador.

Quem é Rubinho Nunes?

Nascido em Vinhedo, Rubens Alberto Gatti Nunes é formado em Direito e Ciências Sociais pela PUC-Campinas. O político é cofundador do Movimento Brasil Livre (MBL), do qual foi advogado e integrante até 2022.

Continua após a publicidade

O vereador foi eleito para o cargo pela primeira vez em 2020, e reeleito em 2024. Em janeiro, Rubinho foi eleito corregedor-geral da Câmara. O vereador também preside a CPI dos Pancadões, que investiga possíveis omissões dos órgãos públicos municipais na fiscalização de ocorrências de perturbação do sossego.

Durante o cargo, Rubinho ganhou atenção ao protocolar uma CPI para investigar ONGs que prestam serviços sociais no centro de São Paulo, incluindo os trabalhos do Padre Júlio Lancellotti — que, até o momento, não avançou na câmara. Em um dos seus últimos projetos, propôs o uso obrigatório de câmeras corporais por professores da rede pública municipal. “Os professores são fundamentais à construção da cidadania, sendo imperioso que se utilizem das ferramentas tecnológicas para resguardar seus direitos e sua versão dos fatos em caso de eventuais indisposições com alunos”, diz a justificativa.

Outro lado: confira a nota completa do vereador Rubinho Nunes (União Brasil)

Cassado por um repost de 20 minutos?! Respeito a decisão do magistrado, mas discordo veementemente. A decisão é de primeira instância e iremos recorrer ao TRE com consciência de que não houve qualquer ilegalidade. Em relação à repostagem do laudo, esta ocorreu pois havia sido publicada pelo candidato a Prefeito, sem qualquer interferência minha. Tão logo surgiram notícias de eventual falsidade do laudo, a postagem foi imediatamente retirada. Ficou no ar pouco mais de 20 minutos.

Continua após a publicidade
Compartilhe essa matéria via:
Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

A partir de 35,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.