Quatro em cada dez deputados da Alesp trocam de partido
PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, agora reúne 19 nomes e se tornou a maior bancada no legislativo paulista
Dos 94 deputados que compõem a Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), 37 trocaram de partido, o equivalente a 39% do total ou quatro em cada dez.
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O troca-troca entre as legendas aconteceu durante a chamada janela partidária. Iniciada no dia 3 de março e encerrada no último sábado (2), é o período pelo qual os ocupantes de cargos legislativos e que estão no final de mandato podem se filiar a outro partido político sem cometerem o crime de infidelidade partidária.
A troca fora desse período só é permitida em casos específicos e com aval do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
A nova composição da Alesp fez com que a bancada do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, passasse de seis para 19 cadeiras. Até então, o maior partido na Casa era o União Brasil (fusão do DEM com PSL).
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Essa turbinada no PL indica que o governador Rodrigo Garcia (PSDB) pode enfrentar uma situação menos confortável para aprovar os projetos de interesse do Executivo do que os seus antecessores.
Apesar dele ter sido do DEM e colega de vários parlamentares que migraram para o PL, concorre à reeleição para o cargo. A maior parte dos integrantes do grupo tende a apoiar o nome do Planalto, Tarcísio Gomes de Freitas (Podemos) na disputa. Além disso, Garcia é apadrinhado de João Doria (PSDB), este que deve ser rival de Bolsonaro na disputa à presidência.
O PSDB ganhou quatro novos integrantes e agora tem 14, já o PT manteve seus 10 integrantes.
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Além das três maiores siglas, a Alesp conta com representantes de outros 16 partidos.